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As grandes economias do mundo devem registrar desaceleração econômica ainda mais forte nos próximos meses, com exceção do Brasil e Reino Unido, que deverão apresentar recuperação, segundo o indicador composto de dados antecedentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
 
A divulgação do indicador ocorre dias antes da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Tóquio, e aumenta a pressão para que autoridades dos EUA e Europa resolvam duas ameaças crescentes à economia mundial: o impasse sobre a política fiscal de Washington e a crise da dívida da zona do euro.
 
Projeções que o FMI divulgará na noite desta segunda-feira (8) devem repetir a interpretação do dado da OCDE, que é a de que a desaceleração global atingirá seu pico desde o início da recessão, há quatro anos.
 
A OCDE disse nesta segunda que o principal indicador antecedente de atividade econômica dos 34 países que fazem parte da organização caiu para 100,1 em agosto, de 100,2 em julho, enquanto o indicador da maioria das principais economias recuou ou ficou estável.
 
"Os indicadores antecedentes compostos (…) mostram que a maioria das grandes economias vai ter crescimento mais fraco nos próximos trimestres", disse a entidade, com sede em Paris.
 
O indicador da zona do euro caiu para 99,4, de 99,5, na mesma comparação. Quanto mais abaixo de 100 o número, maior a probabilidade de o crescimento diminuir abaixo da tendência de longo prazo.
 
Entre os países do Grupo dos Sete (G7), o Reino Unido foi a única exceção, com avanço no indicador. A outra exceção principal foi o Brasil, cujo índice também subiu em agosto. 


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