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A alta de 1,5% na produção industrial na passagem de julho para agosto foi o melhor resultado desde maio de 2011, quando o aumento tinha sido de 1,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o terceiro resultado positivo consecutivo na margem, o que fez a indústria acumular um crescimento de 2,3% em três meses.

"Isso de alguma forma acaba compensando a sequência de resultados negativos observados de março até maio. O crescimento desses três meses mais recentes acabam suplantando essa perda", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Entretanto, no acumulado em 12 meses, o recuo de 2,9% configurou o oitavo mês consecutivo de queda, sendo a mais intensa desde janeiro de 2010 (-5%). A trajetória da taxa em 12 meses é descendente desde outubro de 2010, quando alcançou uma expansão de 11,8%.

Bens de capital

A fabricação de bens de capital (aqueles voltados à produção) registrou alta de 0,3% em agosto ante julho. O dado de julho ante junho foi revisado em alta, de +1% para +1,1%. Na comparação com agosto de 2011, houve queda de 13% na produção de bens de capital em agosto deste ano. Até agosto, a produção de bens de capital acumula quedas de 12,2% no ano e de 8,5% nos últimos 12 meses.
Revisão

O IBGE revisou o resultado da produção industrial em julho ante junho, que passou de uma alta original de 0,3% para +0,5% agora. A taxa de junho ante maio também foi revisada para cima, de +0,2% para +0,3%. O número de maio ante abril saiu de -0,9% para -0,8%, enquanto o de abril ante março passou de -0,4% para -0,3%.

Já a alta da produção de bens de capital de julho ante junho foi revisada de 1% para 1,1%. O resultado de junho ante maio saiu de +1,3% para +1,1%, enquanto o de maio ante abril passou de -1,7% para -1,8%, e o de abril ante março saiu de +1,0% para +0,9%.

Automóveis puxam alta

Dos 27 ramos estudados, 20 apontaram avanço na produção, com destaque para o setor de veículos automotores (3,3%), que segundo a pesquisa foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento na produção de automóveis. A atividade teve a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período expansão de 9,3%.

Outras atividades que contribuíram positivamente para o crescimento da produção industrial em agosto foram: alimentos (2,1%), fumo (35%), refino de petróleo e produção de álcool (2,5%), outros produtos químicos (1,9%), farmacêutica (3,1%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (5,9%).

Por outro lado, entre os ramos que registraram recuo na produção, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por máquinas e equipamentos (-2,6%), que eliminou parte da expansão de 5% acumulada no período de julho/março de 2012.