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O Banco Central reviu nesta quinta-feira a previsão de crescimento da economia brasileira para 2012, que passou de 2,5% em junho para apenas 1,6% em setembro. A estimativa está no relatório de inflação publicado a cada três meses pela autoridade monetária. Na última revisão, o BC já havia reduzido a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil, de 3,5% para 2,5%.

Para o BC, a piora no cenário da economia brasileira este ano se justifica, principalmente, pelo desempenho da indústria. A estimativa anterior da autoridade monetária era de que a produção do setor tivesse alta de 1,9% este ano, projeção que passou para 0,1% negativo. As estimativas para a agropecuária se mantiveram praticamente estáveis, ao passarem de -1,5% para -1,4%.

O consumo das famílias deve diminuir até o final do ano, segundo as perspectivas do Banco Central. A estimativa de crescimento da demanda doméstica passou de 3,5% em junho para 3,3% na previsão divulgada hoje. Em contrapartida, os gastos do governo devem aumentar, de 3,2% para 3,7%.

A previsão para as exportações brasileiras caiu 3,2 pontos percentuais entre junho e setembro, atingindo apenas 0,9% de crescimento para o ano. O País também deve importar menos produtos, já que a projeção do Banco Central para o item caiu para menos da metade, passando de 5,6% há três meses para 2,7%. Segundo a autoridade monetária, a revisão reflete a moderação da demanda doméstica.