Um popular parque temático, batizado de Ilha do Terror, está deixando seus jovens visitantes completamente pirados. Não pela adrenalina liberada com o sonho de diversão masoquista em se assustar com monstros ou derrapar em armadilhas medievais. À saída da ilha, os turistas se mostram robotizados e com as personalidades mudadas. Quem ou o que estaria por trás de tamanha façanha? O dono quer solução imediata e, para resolver os incidentes, planeja convocar uma turma especializada em desvendar histórias sobrenaturais. Acontece que a famosa Mistério S/A se dissolveu há dois anos, depois de uma estúpida guerra de egos entre seus integrantes. Como, então, convencê-los? O jeito é apelar para a curiosidade de cada um, oferecendo um fim de semana grátis na tal Ilha do Terror. É aí que Salsicha (Matthew Lillard), Velma (Linda Cardellini), Fred (Freddie Pinze Jr.) e Daphne (Sarah Michelle Gellar) colocam as diferenças de lado e se reúnem para mais uma aventura. Opa! Alguém muito importante não pode ficar de fora. Ele é Scooby-Doo, o cachorro mais debilóide e chato dos desenhos animados, que agora surge nas telas digitalizado no filme Scooby-Doo (Scooby-Doo, Estados Unidos, 2002), em cartaz nacional na sexta-feira 4.

Assim como na maioria das adaptações do gênero, o melhor do filme é a caracterização do elenco, que captou todos os maneirismos dos personagens do desenho criado em 1969 e até hoje insistentemente exibido no Cartoon Network. Na tela, até que o cachorrão medroso e louco por hambúrger ficou mais simpático e menos chato. Não foi fácil. Os realizadores suaram para dar ao astro tridimensional uma quantidade de expressões faciais convincentes. Claro que no final, mesmo com todas as confusões provocadas pelo herói de quatro patas, o mistério se esclarece em meio a mensagens de amizade e solidariedade, mescladas a insuportáveis cenas de flatulência. Há quem goste.


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