Apoio

Espero que se concretize o possível apoio de FHC a Lula, pois seria o sinal de que há algo de bom surgindo no meio político, segundo a ótica de um eleitor, que crê numa aliança de centro-esquerda, como o instrumento de começo da reconstrução do Brasil. Uma aliança PT/PSDB poderia proporcionar ética na política e governabilidade sem necessidade de composição com as oligarquias, que querem voltar ao centro do poder, na carona de um candidato a presidente da República. Oligarquias estas responsáveis pela nossa falta de educação, saúde, ciência e tecnologia, que condenam uma nação ímpar como esta a viver a reboque das grandes decisões mundiais e escrava de uma dívida impagável, não obstante ser formada por um povo trabalhador, criativo, e ter um país grande e rico. Isso sim é aliança para 20 anos de poder, ou mais. “Saída pela esquerda” (ISTOÉ 1717).
Júlio Carvalho
Salvador – BA

Se o apoio a Lula no segundo turno for “saída pela esquerda”, FHC vai descobrir que colocaram a porta no lugar errado. Pois ao abri-la, além do candidato, vai deparar-se com Sarney, Quércia, o pessoal do bispo Macedo e, dizem, até o Maluf, sem falar na Febraban, na CNI, na Bovespa, na embaixatriz americana ou seja, os tietes do new-Lula até bem pouco chamados de direita reacionária. É ver para crer.
Sérgio de Souza Tôrres
Rio de Janeiro – RJ

Eleições

Desde que foi criado o horário político gratuito as lengalengas dos candidatos são sempre as mesmas, apresentadas em embalagens com algumas variações, mas cujo conteúdo é o mesmo. Ainda estou à espera de um candidato que inclua em seu programa o controle da natalidade, indispensável num país onde nascem diariamente 28 mil novas pessoas.
Miguel Angelo F. da Luz
Balneário de Camboriú – SC

O candidato Ciro Gomes inventou um novo jargão econômico, com um palavreado incompreensível de combinações inusitadas e improváveis, repletas de teses e termos fictícios de sua própria criação, assimilados a partir da deturpação das supostas teorias econômicas, com as quais provavelmente entrou em contato em universidades estrangeiras. Ele tem conseguido enganar muitos trouxas que ficam extasiados e não percebem que tudo é pura enrolação.
Ludgero Raulino
Teresina – PI

Serra

Excelente a matéria “Prazo de validade” (ISTOÉ 1716) sobre o tucano (araponga) José Serra. Ficou comprovado com o início do horário eleitoral seu desespero, colocando o emprego em primeiro plano, como Lula fez, e aquela legião de megaartistas “formadores de opinião” para o bajularem. Sem contar ainda no caso de Tasso Jereissati que agora nem “entrou na campanha”. Será que a novela vai até os últimos capítulos?
Evandro Batista Prado
Campo Grande – MS

Resgate

Gostaríamos de fazer alguns comentários a respeito da entrevista “Resgate à brasileira” (ISTOÉ 1717). Em primeiro lugar, o cardiologista Agnaldo Píspico tem razão quando coloca que a emergência é vista como um bico por muitos médicos, sendo na maioria das vezes profissionais não treinados para tal atendimento. Na tentativa de resolver esse problema, o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (RS) há cinco anos iniciou um programa de curso de pós-graduação de especialização em emergência. Esse curso segue as mesmas normas das residências credenciadas pelo MEC e só ainda não é uma residência oficialmente reconhecida porque tampouco existe a especialidade emergência no Brasil. O programa tem atingido notoriedade regional, recebendo inclusive médicos cursistas estrangeiros. O referido curso consta de dois anos de duração, formando profissionais habilitados para atender todos os tipos de emergências clínicas e de trauma, através da passagem por diversas áreas do hospital como sala de politraumatizados e pacientes graves, UTIs (clínica, cardiológica, de trauma e queimados), enfermaria clínica e cardiológica e também atendimento pré-hospitalar. Além disso, esses profissionais recebem treinamento específico pelos cursos ATLS, PHTLS e ACLS. Assim, nossas congratulações ao médico por ter levantado o assunto da formação do médico emergencista, e questionamos a população sobre quem realmente deve atender no momento crítico, onde um minuto pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Dra. Carla B. Rynkowski
Assessoria científica
Porto Alegre – RS

Plataformas

O sr. Francisco Gros acha que entende mais de licitação do que Lula, já que contratou estaleiro estrangeiro para a construção da plataforma marítima da Petrobras, porém com preço mais baixo. Mas e quanto ao efeito multiplicador do investimento, se o estaleiro fosse brasileiro? Será que a diferença de US$ 14 milhões no preço compensa tudo o que se deixou de ganhar no Brasil (e não se está falando só de dinheiro)? A Lei de Licitações também fala em interesse público. Resta saber se o sr. Gros sabe o que é isso. “Bate-boca em alto-mar” (ISTOÉ 1717).
Inalda Regina Paz
Porto Alegre – RS

Baleias

Parabenizo ISTOÉ pela excelente reportagem sobre a baleia-franca do litoral de Santa Catarina. Mais uma vez a revista dá demonstração de competência e credibilidade.
“Reviravolta nos mares” (ISTOÉ 1717).
Tadeu Knoth
Salvador – BA

Farmácias

Gostaria de parabenizar esta revista pela reportagem “Medidas de segurança” (ISTOÉ 1717), que de forma brilhante soube apresentar o trabalho consciente e responsável das farmácias de manipulação brasileiras, que tanto contribuem para a saúde pública da população.
Ângela Gonçalves do A. Caldas
Itaúna – MG

Sou farmacêutico de Franca, interior de São Paulo, e fiquei muito satisfeito em ver uma matéria tão clara e informativa. O setor magistral conta com farmacêuticos em todas as 5.500 farmácias de manipulação do País: a maior parte delas com dois ou mais farmacêuticos. Assim, é onde a população tem o profissional de saúde para atendê-la, e não comerciantes. O apoio da ISTOÉ para nós é muito bem-vindo! Parabéns.
Carlos Sato
Franca – SP

Tráfico no condomínio

Hoje em dia podemos perceber que não há um estereótipo certo de traficante. Todos estão sujeitos a esse tipo de situação. O tráfico de drogas está invadindo a maioria das casas, não se importando se é rica ou pobre. E o mais desagradável possível é que não atinge somente o dependente, mas toda a família e amigos. A edição pôde mostrar com muita clareza alguns dos exemplos que acontecem todos os dias, mas que a sociedade faz de conta que não vê. “Classe média no tráfico” (ISTOÉ 1717).
Camila Siqueira
Goiânia – GO

Vista grossa

Parabéns pela matéria sobre os americanos e os regimes militares na América do Sul. Não adianta repisar que tais documentos foram um segredo de Polichinelo mesmo, mas algo deve ser ressaltado, pois continua valendo. Os EUA, não importa qual seja administração do país, que pessoas, se democratas ou republicanas, têm em primeiro lugar a preservação de seus interesses: para tal, contribuíram, como mostra a matéria, para muito sofrimento e morte de pessoas que pouco ou nada poderiam fazer contra a nação americana, e assim continuam a agir, seja em Granada, na Somália, no Iraque, no Irã ou no fim do mundo. As garantias de sua excelente Constituição e a firmeza de sua democracia só valem mesmo para os EUA, os demais que se cuidem. “Era tudo verdade” (ISTOÉ 1717).
Celio Levyman
São Paulo – SP

Aeronáutica

Quero parabenizar os brigadeiros Sérgio Ferolla e Eden Asvolinsque pela clareza com que demonstraram o propósito da negociação do governo que, de certa forma inconsequente e irresponsável, pretende ceder aos argumentos americanos na compra de aviões supersônicos. É um absurdo como o governo se deixa entremear com esses negociadores espoliadores do mundo, que não têm o mínimo de interesse no desenvolvimento da indústria aeronáutica no Brasil. Ao contrário, criam todo tipo de dificuldades. Parabéns Hélio Contreras e Luiz Cláudio Cunha. “Céu encoberto” (ISTOÉ 1717).
Wilson Sanchez
São Bernardo do Campo – SP

EUA

ISTOÉ retrata muito bem qual é o verdadeiro interesse dos países ricos, especialmente dos Estados Unidos, aqui na outra América, a do andar de baixo. Parabéns pela corajosa iniciativa de mostrar bem claramente porque é que sofremos tanto. Uma nação rica, porém espoliada pelo jogo político e financeiro internacional. “O amigo americano” (ISTOÉ 1716).
Carlos Coradassi Buff
Curitiba – PR

Por ser amante de avião, acompanho com grande expectativa o desenrolar dessa história e estou indignado pela possível escolha da FAB para o avião Gripen, onde mais uma vez perderemos a oportunidade de gerar mais empregos em nosso território e ficaremos à mercê dos EUA.
Márcio Diniz Rodrigues
Vinhedo – SP

É simplesmente inacreditável e absurda a forma com que FHC trata dos assuntos que dizem respeito ao Brasil. Não dá para entender por que ele sempre pretere os interesses brasileiros aos internacionais. No caso dos aviões para a FAB, ao ignorar a existência da Embraer, FHC & cia. ltda. deixam cair novamente a máscara de reais representantes e defensores dos interesses externos.
Leksander Araújo Tolentino
Janaúba – MG

Vibrei ao ver Bush estampado como drácula voraz, prestes a sugar as veias do Brasil, via Alca, à qual se aderirmos será o fim do futuro de um país soberano. Que o povo rejeite veementemente o candidato do governo, ambos subservientes dos caprichos dos Estados Unidos.
Paulo César de Alencar
Belo Horizonte – MG

José Carlos Carvalho

Na entrevista com o ministro do Meio Ambiente, sr. José Carlos Carvalho, ele diz que o Brasil recebe recursos externos, inclusive do G-7, para investimentos ambientais na Amazônia. É incrível como os governantes brasileiros não percebem que ninguém oferece nada sem querer algo em troca. Aos poucos estão vendendo nossas florestas. “Ecologia de resultados” (ISTOÉ 1716).
Daniel Nogueira
Campinas – SP

Vida médica

Ao lerem a revista ISTOÉ creio que a maioria dos médicos se viu nesta situação. Sou médico clínico, trabalho com pediatria e, principalmente, devido aos baixos salários ofertados nos submetemos a cargas horárias desumanas. Já cheguei a trabalhar 300 horas em um mês. Mas não temos muita opção já que todos passam por situação semelhante, ou seja, há quase sete anos não temos aumento de salário. Os convênios ajustam anualmente suas mensalidades, mas não aumentam os valores dos procedimentos há seis anos. Nem sei nem como justificam suas planilhas de aumento perante o governo federal. Até o mês passado, uma consulta do SUS pagava R$ 2,55 e uma diária de observação numa emergência em torno de R$ 7. Em julho, o Ministério da Saúde aumentou esses valores para R$ 7,55 e R$ 13, com o intuito de melhorar os salários dos médicos que trabalham em ambulatório e emergência. Nós, médicos, não temos esperança de que ocorrerá o repasse. Enquanto isso continuamos estressados e tendo que cuidar da saúde dos outros arriscando a nossa. “Casa de ferreiro …” (ISTOÉ 1716).
Fabiano Alexandria
Sobral – CE

Barco furado

No mundo atual, as pessoas abrem um negócio porque têm um sonho, existe uma oportunidade ou buscam a liberdade. Mas é necessário fazer o que se gosta, conhecer o ramo ou ter familiaridade com o negócio e estar disposto a fazer sacrifício, senão o sonho acaba virando pesadelo. “Mergulho no calvário” (ISTOÉ 1716).
Juliana Melo
Brasília – DF

Não podemos esquecer das microempresas que dão certo, como a que abrimos há dois anos em Belo Horizonte, para comercializar a primeira máquina de lapidação 100% brasileira. O lançamento da máquina foi um sucesso e já temos grandes possibilidades de exportar e de fornecer nossos equipamentos tanto para pessoas físicas, quanto para empresas e instituições públicas. É claro que também passamos por maus bocados, mas sabíamos que tínhamos um produto inovador nas mãos e nunca abrimos mão de um cuidadoso trabalho de divulgação e de muito planejamento, a começar pela elaboração de um bem-cuidado plano de negócios, para definir cada passo a ser dado, sem “achismos” e riscos desnecessários.
Sérgio Aspahan
Belo Horizonte – MG

Correções

1) Ao contrário do que saiu publicado na reportagem “Mestres sem carinho” (ISTOÉ 1714), os dados da pesquisa Violência, Aids e Drogas nas Escolas, da Unesco, revelam que 4% dos 4.600 alunos de 14 capitais brasileiras ouvidos no estudo informaram que têm ou tiveram arma de fogo, e não “4% dos alunos vão às salas de aula armados”, como saiu publicado.

2) Na matéria “Napoleão reina” (ISTOÉ 1717) foram divulgados apenas os resultados da pesquisa Toledo&Associados para primeiro senador no Piauí. Como serão eleitos dois senadores, a soma das intenções de voto para ambos é a seguinte: Mão Santa (PMDB), 40,1%; Heráclito Fortes (PFL), 38,0%; Freitas Neto (PSDB), 33,2%; e Roberto John (PT), 13,8%.