Tempo de recomeçar (em cartaz em São Paulo na sexta-feira 6) – No dia em que é despedido da empresa que ajudou a levantar, George Monroe (Kevin Kline) – um arquiteto das antigas, mais ligado às maquetes do que às projeções virtuais de computadores – descobre que está com câncer em fase terminal. Após ficar internado vários dias inconsciente, ele procura a ex-mulher, Robin (Kristin Scott Thomas), para lhe pedir que ceda a guarda temporária do filho, com quem quer passar o verão sem nada falar sobre a doença. Sam (Hayden Christensen), o filho, é um adolescente rebelde. Então, o expediente usado por Monroe para amansar o garoto é a construção de uma casa. É uma das várias tramas que vão surgindo no filme de Irwin Winkler, cujo resultado mostra-se inferior à soma das parcelas, já que o diretor insiste em cortejar a pieguice e ainda realça uma piadinha bem boba para finalizar sua história. (Luiz Chagas)
Vá se tiver tempo

XXX – triplo x (cartaz nacional na sexta-feira 6) – Com sua careca raspada, bíceps avantajados e tatuados, o ator americano Vin Diesel pode até se candidatar a sucessor de Bruce Willis, atualmente mais ligado nas tramas psicológicas do que nos filmes recheados de altas doses de testosterona. Mas ver Diesel tentando imitar o charme de Sean Connery na série 007 é abusar da paciência do espectador. Foi o que o diretor Rob Cohen buscou ao escalar o truculento rapaz para o papel de agente secreto, numa inacreditável aventura de espionagem passada na Praga dos dias de hoje e em cujo submundo viceja a organização apocalíptica Anarquia 99. Repetindo clichês das fitas da guerra fria,
Triplo x coleciona interpretações caricatas e situações que poderiam passar por cômicas. O pior é que estreou com boa bilheteria nos Estados Unidos, faturando de cara US$ 85 milhões. Definitivamente, o mundo vai mal. (Ivan Cláudio) Fuja