Gianne Carvalho/TV Globo

Sucesso entre adultos e crianças, a família Sardinha pode ganhar um seriado na Rede Globo e até ser adaptada para o cinema

Uma divertida trupe de “super-heróis” vem roubando a cena na novela global das sete, Da cor do pecado, na figura da atrapalhada família Sardinha. Inspirado em seus tempos de leitor de histórias em quadrinhos, o autor João Emanuel Carneiro – também co-autor do roteiro do premiadíssimo filme Central do Brasil – tem brincado com uma linguagem não tradicional da teledramaturgia e assim atingido tanto sucesso que a família em questão agora salta da telinha para outras formas de mídia. É a atração principal de um álbum de figurinhas sobre a novela, em breve pode se tornar seriado e já se fala até em adaptação para o cinema. Claro que a sustância desta receita deve-se sobretudo à “energia positiva” de Edilásia, a Mamuska interpretada por Rosi Campos, aos lutadores Dionísio (Pedro Neschling), Thor (Cauã Reymond), Ulisses (Leonardo Brício), ao espalhafatoso maquiador Abelardo (Caio Blat), à namoradeira Tina (Karina Bacchi) e a Reynaldo Gianecchini em papel duplo. Praticantes de artes marciais, os Sardinha brigam, sim, mas para arrancar gargalhadas de crianças e adultos. “É engraçado. Muitas pessoas mais velhas me param na rua para fazer a saudação da família”, conta Rosi, a mãezona linha dura, carinhosa, emotiva e cozinheira de uma sopa tão poderosa quanto o espinafre do Popeye.

Como personagem extranovela, a família ganhou status pop entronizada nas figurinhas que estão chegando ao mercado em embalagens de chicletes com a marca do folhetim. No Projac e na sede da Rede Globo, são fortes os comentários de bastidores que o próprio João Emanuel Carneiro ficaria à frente de um possível seriado que a direção da emissora não confirma. Karina Bacchi revela já ter sido sondada para a realização de um filme sobre a família. Quem tem filhos na escola deve também saber que os Sardinha são até brincadeira de recreio, com a garotada interpretando os personagens. “Toda criança almeja ter superpoderes e uma família unida”, explica Rosi. Karina concorda. “A família não alcançou o sucesso só pela graça, mas também pelo bom caráter e pelo amor que existe entre eles”, diz a Maria Tatame Tina, namorada de Thor. “Sempre fantasiei ser uma heroína. Eu me sinto a Mulher Maravilha quando venço uma luta na novela.”

No meio dos irmãos guerreiros, em casa Abelardo sofre com o machismo porque em vez de lutar ou paquerar mulheres tenta fazer maquiagens, conseguindo no máximo deixar a cobaia com cara de palhaço. “O Abelardo quer fugir da mesmice e fazer da maquiagem a oitava arte. Ele se acha um gênio incompreendido e se compara até a Mozart e a Picasso”, brinca Caio Blat, dono do personagem.
“Ser a ovelha negra nesse caso é um privilégio. Sou o elemento gerador de
conflitos, o que em uma comédia torna as coisas engraçadas”, completa o ator.
Aos Sardinha, todo o poder! .

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