Do dólar à dengue

Não parece ter sido de bom augúrio a escolha da nova sede de campanha de José Serra no setor hoteleiro do Distrito Federal. O primeiro problema surgiu logo na inauguração do escritório, na quarta-feira 15, com manifestantes prendendo uma réplica gigante do mosquito da dengue no carro do candidato (foto ao lado). O prédio, onde funcionava o antigo Hotel Continental, foi alugado por R$ 20 mil mensais. O problema é que o local, antes de virar base eleitoral, servia como bunker de um dos maiores doleiros de Brasília. Trata-se do libanês Georges Khoury. Em tempos de denúncias de internalização de dinheiro vindo do Exterior para campanhas eleitorais, não pega bem para o candidato montar sua sede justamente no esconderijo de um doleiro. Pode dar azar.

Futura embaixatriz

O chefe da Divisão de Passaportes do Itamaraty, primeiro-secretário Cesário Marcos Lopes de Alexandria, informou a seus superiores que vai se casar. A felizarda chama-se Gloria Trevi. Isso mesmo, a cantora mexicana que engravidou nos cárceres da Polícia Federal e diz ter sido violentada por um delegado. O casamento não servirá, para Gloria Trevi, como forma de abortar sua extradição. Mas ela poderá receber um passaporte diplomático. E, quem sabe, futuramente será embaixatriz. Os advogados da cantora dizem que Cesário é fã de Gloria, a quem visitou várias vezes no hospital, pedindo-a insistentemente em casamento. Ele tem uma coleção de discos da cantora.

Toma-lá-dá-cá

Conforme esta coluna adiantou na edição 1700, voltou aos braços do governo federal o prefeito pefelista do Rio de Janeiro, César Maia, coordenador da campanha presidencial de Roseana Sarney e artífice da guerra entre o PFL e o PSDB. Ganhou do Palácio do Planalto a forcinha de que precisava para fechar o seu chapão para as próximas eleições: candidata a governadora, Solange Amaral (PFL); vice, Manoel Ferreira (PPB); e senadores, Arthur da Távola (PSDB) e Sérgio Cabral Filho (PMDB). O Rio é o primeiro Estado onde se reproduz a aliança partidária que deu sustentação aos oito anos de FHC.

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Pesquisa mal formulada

Circula na internet uma piadinha, segundo a qual a Organização das Nações Unidas (ONU) teria resolvido fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era: “Por favor, diga honestamente qual sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo.” Resultado desastroso! Os europeus não entenderam o que é “escassez”; os africanos não sabiam o significado da palavra “alimentos”; os argentinos desconheciam a expressão “por favor”; os americanos perguntaram o que quer dizer “resto do mundo”; os cubanos pediram explicações sobre “opinião”; e o Congresso brasileiro está até hoje debatendo o significado de “honestamente”

Rápidas

Nizan Guanaes começa a mandar na campanha de Serra. Ele indicou a nova assessora de imprensa, Andrea Gouveia Vieira. Henrique Caban e Milton Coelho da Graça não mandam mais nada.

O ministro da Justiça, Miguel Reale Jr., que emagreceu dez quilos, diz que tem uma receita infalível para quem quer perder peso: “É proibido dar: doces, álcool e refrigerantes.”

Fernando Henrique telefonou para o governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB). Determinou que ele aceite o peemedebista Jader Barbalho na chapa, como candidato ao Senado.

A filha do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) telefonou para o pai ao berros. Ela estava indignada porque ele vai fechar aliança com o peemedebista Carlos Bezerra.


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