O ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira vai depor na CPI que investiga as operações do Banespa nesta semana. O requerimento, apresentado pelo relator da comissão, deputado Robson Tuma (PFL-SP), surgiu a partir da denúncia publicada por ISTOÉ revelando o envolvimento do ex-caixa de campanha do tucanato em uma operação suspeita de internação de dinheiro investido nas Ilhas Cayman. Por intermédio do Banespa, ele conseguiu, em 1992, a façanha de vender US$ 3 milhões em títulos de uma empresa falida, a Calfat. Também foram convocados Roberto Visneviski e Ronaldo de Souza, seus sócios que participaram de outro negócio nebuloso para trazer dinheiro das Ilhas Virgens. “É surpreendente que o Banco Central não tenha identificado uma operação tão estranha como essa durante a intervenção no Banespa”, alfineta o presidente da CPI, Luís Antônio Fleury (PTB). “Operações deste tipo levantam a suspeita de internação de dinheiro de campanha dentro do Bansepa”, diz o petista Ricardo Berzoini (SP). Além disso, os deputados também vão interrogar o empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de José Serra. Com a ajuda de Ricardo Sérgio, Preciado conseguiu montar um consórcio vitorioso no leilão da Coelba, a distribuidora da Bahia, numa parceria com a Previ e o BB.


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