Labirinto precioso

Fotos: Mike Nelson/EFE

Os arqueólogos egípcios e franceses mal contiveram a emoção ao achar 50 múmias preservadas numa catacumba, a 15 metros do solo de Saqqara, ao sul da capital egípcia, Cairo. Mantidas em sarcófagos de madeira ou de pedra – um deles jamais aberto –, as múmias embaladas em linho têm pelo menos 2.500 anos. Provavelmente guardam amuletos de ouro, como era costume no Egito. Os sarcófagos estão dispostos em galerias labirínticas usadas como cemitério desde a 26a dinastia egípcia (664 e 525 a.C.) até o período ptolomaico, que finda com a morte da rainha Cleópatra, em 30 a.C. A partir de agora, as múmias serão submetidas a exames radiológicos para determinar sua idade e a causa da morte. Outras surpresas virão.

Narigão esperto

Divulgação/ Cortesia de Naama Goren-Inbar

Pesquisadores da Escola de Medicina de Pensilvânia, nos EUA, criaram um nariz eletrônico capaz de farejar infecções respiratórias, como pneumonia e sinusite. Batizado de Cyranose 320, o aparelho faz análises eletroquímicas no hálito dos pacientes para detectar a presença de bactérias. O índice de acerto no diagnóstico de pneumonia foi superior a 90%. O aparelho, de US$ 8 mil, aguarda aprovação da agência de vigilância americana, o FDA.

Fogo amigo

Um estudo publicado na revista americana Science descreve o que pode ser a mais antiga evidência de uso humano do
fogo. Um grupo de cientistas analisou sementes, madeiras e pedras queimadas no sítio arqueológico de Gesher Benot Ya’aqov, em Israel. A partir das escavações, eles sugerem
que os humanos controlavam o fogo há 790 mil anos, o que provocou mudanças no comportamento, em especial na dieta, defesa e interação social.

O gênio dos movimentos

Marco Bucco/EFE

Depois de cinco séculos e várias tentativas, dois cientistas desvendaram como funciona o carro idealizado pelo pintor, inventor e engenheiro italiano Leonardo da Vinci, um dos mestres da Renascença. O segredo estava em localizar o sistema de molas e engrenagens, movido a corda (como um relógio), que fazia o carro andar. Os pesquisadores montaram no computador os desenhos deixados por Da Vinci. O modelo reconstruído em madeira ficará exposto no Museu de Ciências Naturais de Florença até junho (foto).

Lixeiro por natureza

Apesar do estrago que causam, os furacões promovem um equilíbrio entre as espécies. Cientistas americanos notaram que dobrou o número de certos animais após a passagem do furacão Isabel em 2003. Arrastados pela força do vento, alguns encontram melhores hábitats. Os predadores também foram controlados, o que evitou a competição desigual entre os animais.

Garfo nervoso

Não sobrou para ninguém. O garoto romeno Constantin Cocieru, vencedor do primeiro e do terceiro lugares no Salão de Invenções de Genebra, na Suíça, criou um garfo que ajuda a comer direito. Ele vem com cronômetro que mede o tempo de cada mastigada e indica, com um aviso luminoso, o momento da próxima garfada. Tudo para garantir uma boa digestão.