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A presidente Dilma Rousseff demitiu nesta terça-feira a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Quem assumirá a pasta é a senadora petista Marta Suplicy. Ana estava no comando do ministério desde o início do mandato de Dilma, no início de 2011, e é a 13ª a deixar o governo em 21 meses de mandato da presidente. O anúncio de Marta à frente de um ministério acontece uma semana após o encontro de Dilma com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, A presidente se encontrou duas vezes com Marta Suplicy. Desde então, a senadora passou a apoiar Fernando Haddad na corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo. Marta não engolia o fato de Lula ter preterido suas aspirações pela candidatura.

O nome de Ana de Hollanda apareceu em todas as listas de substituições da chamada reforma ministerial, feita a conta-gotas pela presidente entre o fim de 2011 e o início deste ano. As previsões de demissão nunca se confirmaram. Mesmo mantendo a discrição, qualidade apreciada pela presidente, Ana de Hollanda foi alvo de denúncias em alguns deslizes. Ainda no ano passado, a ministra utilizou de maneira irregular cinco diárias por dias não trabalhados. Ela teve de devolver o valor total de R$ 2.905 aos cofres públicos. Na ocasião, Dilma enviou um dos seus principais interlocutores, o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, para tranquilizar a ministra.

Neste ano, outra polêmica. A ministra teria recebido oito camisetas do Império Serrano para que ela e amigos desfilassem pela agremiação carioca. O presente foi recebido após a pasta ter desbloqueado o CNPJ da escola. O assuntou parou na Comissão de Ética Pública da Presidência, mas o processo foi arquivado. A última da ministra foi a redação de uma carta na qual ela reclamava do corte orçamentário em sua pasta no mês passado. A reclamação incomodou a presidente e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.