Moisés Santana (Lua Discos) – Surpreendente a cada faixa, este primeiro álbum do baiano Moisés Santana, há 11 anos radicado em São Paulo, é uma estréia muito bem-vinda. Fundindo inovações eletrônicas à melhor tradição da MPB, Santana passa ao largo do muzak digital feito para animar desfiles de moda e lounges moderninhos. A roupagem contemporânea com que vestiu clássicos como Bala com bala (João Bosco/Aldir Blanc), Triste Bahia (Caetano Veloso/Gregório de Mattos), Marginalia II (Gilberto Gil/Torquato Neto) e Alegria (Assis Valente/Durval de Maia) demonstra ousadia e sensibilidade. Nas demais 11 faixas, todas de sua autoria, Santana trafega com inventividade pelo samba (Fineza, Samba do compromisso), pelo blues (Homens) e pela balada (O limite), todos modernizados ora por guitarras sintetizadas e timbres digitais, ora por beats e vozes filtradas. Não bastasse estas credenciais, Moisés Santana é um letrista de mão cheia, daqueles que andavam mesmo fazendo falta. (Ivan Claudio)
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