Santagustin, com o Grupo Corpo (Belo Horizonte, Palácio das Artes, de 28 a 1º de setembro; Rio de Janeiro, Theatro Municipal, de 4 a 9; Brasília, Teatro Nacional, de 13 a 16) – Um gigantesco coração de pelúcia rosa-choque domina o cenário da nova coreografia do Grupo Corpo, que resolveu levar ao palco os movimentos contraditórios e muitas vezes desencontrados do amor, tratado com humor e de forma assumidamente kitsch. Os figurinos extravagantes de Ronaldo Fraga – que somou toques de roupa íntima e referências à figura do arlequim – e a trilha sonora de Tom Zé, que injetou estridências na estrutura do choro, contribuem para o clima anti-romântico e irreverente do espetáculo. A começar pelo título, homenagem em “mineirês” ao filósofo italiano que antes de virar santo levava uma vida devassa. Buscando ampliar seu vocabulário amadurecido, a trupe mineira, no momento em fase de transição, revela-se cada vez mais próxima do sonhado momento no qual o apuro técnico coincide com a leveza. (Ivan CLaudio)
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