Fotos: Divulgação

Mônica: seleção equilibrada de gemas atemporais e achados felizes

Dona da discrição preciosa e autêntica que ilumina as grandes intérpretes, Mônica Salmaso nunca precisou do brilho falso dos agudos e dos trejeitos estilosos para ser notada. Em seu quarto disco, Iaiá, a paulistana mais uma vez se cerca de músicos – e amigos – de primeira linha para desfiar uma mistura de gemas atemporais e achados felizes, característica de seu trabalho, cuja direção musical divide com o baixista e produtor Rodolfo Stroeter.

Algumas canções foram garimpadas de repertórios clássicos, como o de Clementina de Jesus, de onde vem Moro na roça, o de Dorival Caymmi, autor de É doce morrer no mar, ou o do “Caboclinho” Sílvio Caldas, que assina Na aldeia. Elas se alternam com preciosidades de “velhos compositores”, entre eles a dupla Tom Jobim-Vinicius de Moraes de Por toda a minha vida, o Chico Buarque de Sinhazinha (Despertar) e Tom Zé, que divide com Antonio Perna Menina amanhã de manhã.

Há espaço também para as descobertas de “novos compositores”, caso de José Miguel Wisnik e seu Assum branco e da vistosa Vanessa da Mata em Onde ir. Os sopros de Nailor “Proveta” e Teco Cardoso, os teclados de Benjamim Taubkin, o acordeão de Toninho Ferragutti, as cordas de Paulo Bellinati e a percussão de Robertinho Silva e Caíto Marcondes compõem a elegante tapeçaria por onde Mônica Salmaso desfila sua majestade.

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