Andréia Schwartz chegou ao Brasil no vôo 951 da American Airlines. Marta Suplicy deixou o País no AF 455 da Air France. As duas, na primeira classe. Andréia, a cafetina capixaba que diz ter derrubado o governador de Nova York, foi recebida como uma diva de Hollywood. Havia até carro da Infraero na pista do aeroporto para ajudá-la a fugir da imprensa. Marta, valendo-se da autoridade de ministra do Turismo, deu uma "carteirada" para furar a fila do embarque e não passar sua bolsa por detectores de metais.

Com todo o respeito à ministra, e sem a pretensão de ofender nossa cafetina, elas têm semelhanças. Logo que chegou ao Brasil, Andréia tingiu os cabelos. Assim como Marta, ela agora é loira, poderosa e diz se sentir como Marilyn Monroe. Além disso, o "relaxa e goza" de Marta, sugerido aos brasileiros no auge do caos aéreo, cairia como uma luva para a agência de moças que Andréia mantinha em Nova York. Para executivos de Wall Street, estressados com o frenético sobe-e-desce das bolsas, nada melhor do que um "relax and enjoy it" no fim do expediente.

Marta Suplicy e Andréia Schwartz têm afinidades.
Se disputassem a prefeitura, seria a
Daslu contra a Daspu

Há, porém, uma diferença. A ministra sonha alto. Quer ser presidente da República. A cafetina pensa pequeno. Neste momento, estuda ofertas para posar nua. Mas aqui vão alguns conselhos, Andréia. Entre na política e contrate um marqueteiro. Duda Mendonça, que criou os CEUs de Marta, faria muito mais por você. E uma candidatura em São Paulo seria uma barbada. O prefeito Gilberto Kassab, depois de fechar o Bahamas, bordel mais famoso da cidade, não teria chances. Geraldo Alckmin, o bom moço de "Pinda", ficaria rubro logo no primeiro debate. E só assim teríamos, num segundo turno emocionante, você e Marta, as duas loiras mais poderosas do País, duelando ao cair da tarde. De um lado, a Daslu. De outro, a Daspu.

O dinheiro das suas fotos, Andréia, acabaria num piscar de olhos, tão fugaz quanto a fama. A política, ao contrário, lhe promete uma carreira longa. E nunca se esqueça de que o Brasil, maior exportador mundial de prostitutas, tem verdadeiro fascínio pela profissão de Salomé, a mais antiga do mundo. Bruna Surfistinha já vendeu 200 mil exemplares do seu livro, irá lançar um filme, uma peça de teatro e uma versão em quadrinhos. E, se a sua candidatura em São Paulo por alguma razão naufragar, haverá uma vaga no Ministério do Turismo. Até porque, se a ordem é "relaxar e gozar", Marta não é nada perto de você.