Não exagere nas proteínas

Um estudo americano revelou que dietas baseadas no alto consumo de proteínas podem prejudicar ainda mais os rins de pessoas que já manifestavam problemas nesses órgãos. Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública de Harvard acompanharam 1,6 mil mulheres durante 11 anos e constataram que aquelas que apresentavam leves disfunções e adotavam um cardápio rico em proteínas tinham sinais de deterioração renal quando o estudo foi concluído. Os rins foram muito sobrecarregados na tarefa de ajudar o organismo a metabolizar as proteínas.

Tratamento intensivo

A Sisley, sofisticada marca de cosméticos francesa, acaba de colocar no mercado brasileiro uma nova linha que promete renovar a pele de maneira profunda. Batizada de Sisleya Elixir, ela é composta por quatro frascos nos quais estão contidos ingredientes como folha de salgueiro branco, que ajudaria a combater os efeitos do stress na pele, e óleos essenciais de manjerona e lavanda, que contribuiriam para acalmar e revitalizar a cútis.

Reposição ineficaz

Mais uma polêmica sobre a terapia de reposição hormonal. Estudo do Centro de Saúde da Mulher da Faculdade de Medicina Baylor, em Houston (EUA), mostrou que a reposição dos hormônios estrógeno e progesterona não dá mais energia nem melhora a memória e a função sexual de mulheres que estão na menopausa. Segundo os pesquisadores, as pacientes que seguem a terapia apenas para melhorar as condições gerais de saúde – e não para atenuar os sintomas da menopausa, como as ondas de calor – deveriam suspender o tratamento.

Domingueiros da bola

A Universidade Federal de São Paulo adverte: praticar futebol apenas uma vez por semana pode ser perigoso. Pesquisa feita com 32 homens com idade média de 41 anos – a maioria sedentários – revelou que 75% deles forçaram tanto o coração que entraram para o time dos ameaçados de desenvolver alguma doença cardíaca. Apenas 12,5% ficaram livres
de riscos. Para que o esporte se torne um exercício saudável é importante cuidar da alimentação e adotar outras atividades
físicas duas vezes por semana.

 

Epilepsia

Minha prima tem epilepsia e ainda não encontrou uma droga que evite as convulsões. Nos EUA, não sugerem cirurgia. No Brasil, os médicos acham que a operação para colocação de um chip é uma saída. Com 52 anos, ela pode pensar nisso? As crises terminam com a menopausa?
Maria Brandão, por e-mail

Epilepsia é um distúrbio caracterizado por alterações súbitas e breves nos ritmos cerebrais, ocasionando crises. Cerca de 70% das pessoas têm as convulsões controladas devido às drogas antiepilépticas. Se a medicação não tiver efeito, há outras opções: a cirúrgica (para pessoas de qualquer idade), a dieta cetogênica (rica em gorduras e utilizada principalmente para o tratamento em crianças) e o estimulador vagal (implante de chip). Este consiste de um gerador implantado abaixo da clavícula, como um marcapasso, conectado a um nervo específico. Ele é programável e descarrega pequenos impulsos elétricos. Quando uma pessoa tem crises, a atividade elétrica cerebral normal é interrompida, sendo substituída por descargas anormais de áreas do cérebro que disparam juntas, ou seja, de forma sincronizada. O estimulador vagal produz a “dessincronização” das ondas e, por esse mecanismo, pode impedir as crises. Diante de sinais de que uma está para ocorrer, ativa-se o estimulador na tentativa de interrompê-la. A estimulação vagal beneficia 20% das pessoas com epilepsia. Na menopausa, as flutuações dos níveis hormonais podem piorar a frequência de crises. Mas em algumas mulheres há realmente uma melhora nessa fase.

Elza Yacubian, médica da unidade de pesquisa e tratamento das epilepsias da Universidade Federal de São Paulo