Está descarrilando, ladeira abaixo, o trem da alegria formado por diretores da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), presidida por João Vaccari Neto (foto). ISTOÉ teve acesso a notas fiscais frias emitidas a pedido de diretores da Bancoop, falseando prestação de serviços. Quem emitia as notas sacava o dinheiro do “pagamento” (agência 0689, Caixa Econômica Federal) e depois o depositava na conta de parentes de diretores da cooperativa (notas nº 067, 072, 083, 107, valores de R$ 3,5 mil, R$ 5 mil, R$ 2,5 mil, R$ 5 mil). Já muitos dos serviços de fato prestados, esses não foram pagos – a Bancoop tem contra ela na Justiça dívida de R$ 300 mil. O dinheiro era cobrado dos cooperados e financiou campanha de candidatos do PT. Está à frente do processo criminal, no Ministério Público, o promotor José Carlos Blat. “Os diretores da Bancoop agem em proveito econômico próprio, diz ele. Na área do direito do consumidor, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo mandou instaurar ação civil pública. O procurador Marco Antonio Zanellato chamou a Bancoop de “cínica” e de “cooperativa de fachada”.


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