Enquanto os Tomahawks castigam Bagdá, o mundo se pergunta o que será dele depois que a fumaça dos escombros se dissipar. Analistas econômicos e estrategistas militares já deram seu parecer. Mas, como não poderia deixar de ser, os esotéricos também têm o que dizer. ISTOÉ conversou com a numeróloga Aparecida Liberato, com o médium Robério de Ogum, com o astrólogo e tarólogo Ney Naiff e com o jornalista americano Michael Drosnin, conhecido por divulgar o código secreto da Bíblia. Todos apostam na derrocada da dinastia Saddam Hussein.

Nei Naiff, tarólogo e astrólogo

“A guerra vai durar no máximo 30 dias. Saddam Hussein não vai se render nem será morto. Provavelmente, vai fugir. Num primeiro momento, os Estados Unidos vão colocar no poder o substituto de Saddam. Mas não vão conseguir americanizar a região. Bush não vai se contentar com a ocupação do Iraque e tentará marchar sobre outros países. Após o fim de seu mandato, o Iraque reconquistará sua autonomia. A resposta a longo prazo será o aumento do terrorismo. A popularidade de Bush cairá por causa do sentimento antiamericano. Bush não deve ser reeleito nem ficará para a história como um grande estadista.”

Michael Drosnin, jornalista

“Saddam Hussein não é uma ameaça à hegemonia americana nem à paz mundial. Ele será destruído.” A frase não é de um vidente, mas sim do jornalista americano Michael Drosnin, autor dos livros o Código da Bíblia I (best seller em 17 países) e o Código da Bíblia II – contagem regressiva (que será lançado no Brasil, em abril, pela editora Cultrix). Mesmo sem crer em Deus, Drosnin está convencido de que existe um recado oculto na Bíblia, traduzido pelo matemático israelense Eliyahu Rips. Ele descobriu que, há 60 anos, um rabino da Tchecoslováquia encontrou indícios de um código oculto no Antigo Testamento, escrito em hebraico. Rips
conseguiu um único exemplar do livro escrito pelo rabino e passou
a estudar a Bíblia como um caça-palavras. Para isso, criou um programa de computador capaz de decifrar esta análise. Michael Drosnin foi apresentado ao matemático, em uma viagem a Israel, e acabou se tornando um expert na leitura do programa. Drosnin contou a ISTOÉ que há um mês esteve numa reunião com a CIA. e o Pentágono e buscou no programa de computador a seguinte pergunta: “Quem será destruído?” A resposta foi direta: “Hussein.” “A guerra será curta porque Saddam se verá destruído e fugirá. A verdadeira ameaça continua sendo Osama Bin Laden”, acredita Drosnin. Em seu novo livro, o jornalista afirma que o fim dos dias está previsto para 2006. Mas não significa necessariamente o final dos tempos. “O
código é categórico. O fim dos dias está previsto para 2006. Isso não significa que o mundo vá acabar. E, sim, que temos até 2006 para acabar com o terrorismo”, diz o americano.

Robério de Ogum, médium

“Previ a guerra há mais de um ano, aqui mesmo em ISTOÉ. Disse que haveria um forte conflito no Iraque. Essa batalha poderia marcar o fim da era Saddam Hussein. O Saddam e os Bush, pai e filho, foram inimigos em outras vidas. O ódio começou no Império Romano. Saddam foi Galba, o imperador que derrubou Nero, encarnado em Bush filho. Agora chegou a vez de Bush dar o troco. Mas a dor na alma americana será muito grande. A credibilidade daquele país será afetada. Essa
ação pode representar o fim de Bush. Não sei se num curto prazo,
mas ele pode ter uma morte boba, brusca, com risco de ser assassinado. Acredito que depois da guerra a paz chegará ao Oriente Médio. Houve muito sangue na região. Os que tiveram a vida interrompida e não cumpriram sua missão na Terra retornarão para reconstruir seus países. Enquanto não cumprirem o seu carma, que
é a paz, Bush e Saddam regressarão em outras vidas. Tiveram mais uma chance e a desperdiçaram.”

Aparecida Liberato, numeróloga

“A soma dos algarismos de 2003 é 5, número da mudança. Outros anos regidos pelo número 5 foram 1932, marcado pela ascensão de Mussolini ao poder, e 1940, com a marcha de Hitler sobre a Europa. Somando-se ao 5 o 3 do mês de março, vivemos um período 8, que representa poder. Em relação à data de nascimento, Bush também vive um ano 8. Por isso ele se sente tão poderoso. Saddam Hussein vive um ano 9, que representa o fim. A competição entre 8 e 9 é desleal. A vitória será dos Estados Unidos, mas, a partir de julho, Bush entrará em um ciclo desfavorável. A surpresa fica por conta de maio de 2003, com regência do número 1, o início de uma nova era.”