Código de ética
O raciocínio corre solto na família: não seria recomendável que qualquer dos filhos de Roberto Marinho, ou o próprio, estivesse presente no jantar de adesão à candidatura de José Serra (PSDB). Daí nenhum dos grandes nomes da Vênus Platinada ter ido à festança em São Paulo, na terça-feira 30. Mas os Marinhos acham que a estratégia foi por água abaixo. Tudo porque um colunista da emissora, Arnaldo Jabor, que funciona quase como editorialista no Jornal Nacional, resolveu comparecer ao rega-bofe. E Jabor enfiou o pé na jaca. Acompanhado da mulher, Suzana, que trabalha na campanha de Serra, revelou os termos de seu comentário – conforme adiantou Mônica Bergamo no jornal Folha de S.Paulo – caso Silvio Santos venha a ser candidato pelo PFL: “Vou dizer que o ministério dele vai ser formado pela Feiticeira.” Tudo bem, a Globo não morre de amores pela candidatura de Silvio Santos. O comentário cai como uma luva nos interesses da emissora. Mas Jabor não tinha o direito de revelá-lo. Aliás, nem é de bom alvitre que sua mulher esteja na campanha de Serra. Muito menos que ele fique desfilando em jantares de adesão. Já se fala, entre os Marinhos, em colocar Jabor na geladeira.(PPB-SP).

Demolição de candidaturas
O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) preside a subcomissão de moradia do Senado e é contrário à aliança de seu partido com o tucano José Serra. Resolveu, então, armar um palanque para Anthony Garotinho, candidato do PSB a presidente. Miranda convocou uma audiência da comissão que preside para discutir com o presidenciável a crise habitacional brasileira. E, para atrair holofotes, também chamou para
a mesa o campeão mundial de boxe, Acelino Popó. O problema é que,
até onde se sabe, Popó nada entende de construção. É especialista
em demolição…

Código de ética
O ministro Sepúlveda Pertence, do STF, é um torcedor fanático do Atlético Mineiro. Mas não anda numa maré de sorte. Derrotado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Nelson Jobim, na questão da verticalização das coligações partidárias, Sepúlveda resolveu espairecer. Vestiu sua camisa listrada do Atlético (foto) e foi assistir ao jogo do time contra o Brasiliense, na quarta-feira 1º, em Taguatinga. Mais uma vez provou o gosto amargo da derrota…

E como ficamos?
O deputado Roberto Pessoa manda carta afirmando que, diferentemente do que foi publicado nesta coluna, na última edição, ele é contrário à aprovação do projeto que cria a figura do senador vitalício. A informação de que o deputado defendeu o projeto na última reunião da bancada do PFL foi confirmada pelo líder do partido, Inocêncio Oliveira.

Ligações curiosas
O velho patriarca José Sarney atribuiu a um dos filhos o motivo para o fato de a Globo ter caído de pau na candidatura presidencial de sua filha, Roseana. Trata-se de Fernando Sarney, o filho que cuida das finanças da família e, por coincidência, é também vice-presidente da CBF. Isso mesmo, da Confederação Brasileira de Futebol. Fernando Sarney lutou para esfriar as acusações contra Ricardo Teixeira, do relatório da CPI da CBF, e ainda para aliviar a barra de de Eurico Miranda.

Rápidas

O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, revela: as pesquisas do partido dão conta de que, no quadro que está aí, Ciro Gomes é o candidato a presidente com maior potencial de crescimento.

Mas, no PPS, a grande dúvida hoje é se vale a pena eleger Ciro. Os neocomunistas acham que caberia a ele defender o partido contra Brizola. Acham que, eleito, Ciro pode simplesmente abandonar a legenda.

Roberto Freire jura que tudo vai se acertar com o PDT e o PTB. Mas acionou os diretórios regionais sugerindo reuniões extraordinárias para analisar a “presumida proposta de isolamento do PPS”.

Do presidente Fernando Henrique, soprando para José Serra um conselho para conter a subida de Lula nas pesquisas: “Tem que deixar o Lula falar, estimulá-lo a falar. Aí ele se complica.”