O seu crime terrível era ser bela. A mais bela entre tantas feias. “Doroteia”, peça que a atriz Alinne Moraes protagoniza a partir deste sábado, é um dos textos mais enigmáticos de Nelson Rodrigues. Aqui, o autor que completa 100 anos em 2012 continua a tratar de seus temas mais caros: o amor, a morte, a culpa que recobre o sexo. Ressalta, sobretudo, a maneira como a morte triunfa, invariavelmente, sobre o impulso vital.

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Grosso modo, estamos diante da busca de uma mulher bonita por redenção. Atravessada pela culpa, após a morte do filho, Doroteia tenta redimir-se de seu passado como prostituta. Quer ser disforme como as primas. Sentir, diante de um homem, a náusea que é característica das virtuosas da família desde tempos imemoriais. “Ela tenta se enquadrar, descobrir qual seria o seu lugar nesse universo da beleza, da cobiça dos homens”, opina Alinne Moraes, que faz sua segunda incursão no teatro. Sua experiência anterior no palco foi em 2007.