O Tibete, mais conhecido no Ocidente por ser a terra do budismo, tornou-se palco de extrema violência. Comemorando o grande levante que houve pela independência há 49 anos e valendo-se da proximidade da Olimpíada de Pequim, os tibetanos detonaram intensa onda de protestos contra a dominação chinesa. O governo da China respondeu com truculência e repressão. Resultado: mais de 100 pessoas mortas. Na terça-feira 18 o premiê chinês Wen Jiabao acusou o líder do Tibete, Dalai-Lama (que vive exilado na Índia), de incitar os distúrbios e pediu-lhe que abdique da independência de seu país. Dalai-Lama disse que condena os protestos. Ele concordou em abdicar do projeto de independência, mas exige autonomia cultural em relação à China.

O TIBETE E A CHINA
O Tibete foi invadido por tropas do comunista Mao Tsé-tung em 1949 e, desde então, é dominado pela China. Os tibetanos nunca aceitaram essa submissão – desde 1959 o Dalai-Lama vive exilado na Índia. Assim, o país é governado pela China, mas a população continua a seguir as ordens do Dalai-Lama.