Foi uma denúncia anônima que levou a polícia ao apartamento da empresária Sílvia Calabrese Lima (à dir.), numa região nobre de Goiânia. Ao entrar na cobertura, viu-se o grau máximo de perversão e desumanidade: uma garota de 12 anos, mãos e pés acorrentados, com feridas e cicatrizes por todo o corpo, inclusive na língua. A menina, adotada irregularmente, morava com Sílvia desde 2006. A sua mãe biológica, Joana Darc da Silva, ex-empregada da casa, acreditava que a filha teria educação e oportunidades com a empresária – mas o que a garota recebeu foi trabalho forçado e tortura: “Ela me afogava, apertava a minha língua com alicate, me enforcava com fio.” Sílvia foi presa e indiciada por tortura e cárcere privado, juntamente com a babá Vanice Novais. A polícia também quer descobrir se Joana Darc recebeu dinheiro para deixar a filha com a empresária.

COLEÇÃO DE PERVERSÕES
A empresária Sílvia Calabrese Lima já foi condenada por maustratos contra uma outra menina, de cinco anos (hoje tem 11 e ainda apresenta seqüelas). A sua pena foi doar cestas básicas. Também uma mulher que hoje tem 20 anos disse à polícia que foi torturada quando trabalhou, aos 15 anos, na casa da empresária.

A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO  Pesquisa da empresa Rede Kanguruh, uma das maiores agências do País para contratação de babás: 15% têm antecedentes criminais e 28% mentiram suas referências na contratação.

 

 

"Agora quero ser feliz com o meu pai. E ter minha bicicleta"
Da garota torturada por Sílvia, ao abraçar o pai