Contra tudo e contra todos, a turma de W. Bush vai mesmo para Bagdá. Na reunião do Conselho de Segurança da ONU, na tarde de sexta-feira 7, o chefe dos inspetores de segurança, Hans Blix, pediu mais tempo para chegar a uma conclusão sobre a existência ou não das tais armas de destruição em massa que Bush diz que Saddam está escondendo. Estados Unidos e Inglaterra concederam para isso não mais que uma semana. Para o ex-pombo Colin Powell, o secretário de Estado de Bush que deixou crescer uma língua de falcão, e para Jack Straw, o ministro de Relações Exteriores de Tony Blair, 17 de março é o dia-limite. E como franceses, alemães, russos, etc. etc. etc., discordam com veemência e exigem mais tempo, é muito provável que o ataque virá bem antes. O Iraque de Saddam Hussein hoje já está cercado por mais de 300 mil soldados americanos, britânicos e uns poucos australianos. Estrangulado por seis porta-aviões e dezenas de navios lançadores de mísseis cruisers, a previsão é de que esse bombardeio sobre o Iraque fará o de 1991 parecer mero exercício de tiro. Assunto de capa desta edição, a partir da pág. 68 estão as prováveis consequências da teimosia de W. Bush nas reportagens de Osmar Freitas Jr. – correspondente da revista em Nova York –, coordenadas por Cláudio Camargo, editor de Internacional, e Célia Chaim e João Paulo Nucci, de nossa editoria de Economia. Boa leitura.