Não são apenas as cores, o material e o modelo que contam na hora da escolha do tênis perfeito. Os últimos lançamentos das principais grifes de calçados esportivos mostram que há um novo divisor de águas nas prateleiras: o cadarço. De lado, escondido embaixo da palmilha, substituído por fechos ou até mesmo inexistente, é assim que se fecham os tênis de novíssima geração. Fruto da busca por mais conforto e segurança – cadarços longos podem desamarrar e provocar tombos –, a moda é prática e funcional. Põe fim aos laçarotes encardidos e, de quebra, dá ao calçado um ar mais limpo.

O novo Nike Free 4.0, por exemplo, foi desenvolvido para corredores que buscam fortalecer os músculos do pé e prevenir lesões. Em vez do cadarço, traz camadas elásticas e um fecho em velcro, perfeito para o cooper e os passeios sociais. A concorrência também se mexeu. A Adidas relançou clássicos dos anos 80 em versões sem amarras, como a sapatilha feminina Apollo 2 e o Rowing, inspirado no modelo para remo de 1982. Outra novidade da marca é o Adi Racer Low Closure, também sem cadarço. Além do solado especial para correr, possui tecido elástico que facilita na hora de calçar.

Em ano de Copa do Mundo, o futebol é outro esporte a influenciar os desenhos dos novos calçados. A chuteira Total 90 Supremacy, da Nike, atendendo a pedidos do lateral-esquerdo da Seleção Brasileira Roberto Carlos e do jovem atacante inglês Wayne Rooney, não tem mais o tradicional laçarote no peito do pé. Depois de dois anos de pesquisa, a marca criou os cadarços laterais. Na hora do chute com o peito, a parte interna ou mesmo o bico do pé, as amarras não atingem a bola, tornando o arremate mais preciso. Quem não é fã de futebol nem pretende desembolsar mais de R$ 600 por um calçado pode investir em versões populares da moda sem cadarço. A Bamba relança o velho modelo lancha, em cores e estampas inspiradas no surfe, por R$ 44,90. E a All Star traz seu “pretinho básico”, sem cordões, apenas com as casinhas do cadarço, por R$ 59,90. O cardápio, enfim, é variado.