Se você ganha até R$ 500 e não tem cartão de crédito, as empresas do setor estão de olho em você. O segmento de baixa renda representa mais de 60% da população com idade para trabalhar e vem ganhando cada vez mais acesso a crédito. Em 2001, havia 7,7 milhões de cartões de crédito nas mãos desse público, número que saltou para 15,1 milhões em quatro anos. Em 2005, esses portadores pagaram R$ 8,2 bilhões com dinheiro de plástico. “O cartão para a baixa renda já é o segundo maior da nossa base de cartões e cresce 30% a 35% ao ano”, afirma Aldemir Bendine, gerente executivo do Banco do Brasil. A baixa renda detém 22,6% de todos os cartões de crédito em circulação e, se há dez anos não havia nenhum plástico que cabia no bolso apertado do segmento, hoje todos os cinco maiores emissores de cartões disputam o setor. A anuidade pode ser paga entre três e oito vezes e o limite de crédito varia dependendo do perfil do usuário. Mas é imperativo usar o crédito com moderação. As taxas de juros continuam altas.