Seja para dar um toque especial a carnes, condimentar um risoto ou para temperar com classe uma salada, o saboroso e milenar azeite de oliva é ingrediente essencial para qualquer pessoa que se aventure pela cozinha. O “ouro líquido” do Mediterrâneo, considerado uma das principais riquezas da Antiguidade, tem sua melhor expressão no azeite de oliva extravirgem. Prensado a frio, este tipo de azeite tem acidez inferior a 0,8% e não passa por nenhum processo químico que altere sua composição natural. Um bom azeite custa até R$ 99, ou mais, dependendo da procedência. O óleo extraído das azeitonas faz bem à saúde – diminui o mau colesterol e combate os radicais livres – e ao paladar, mas ainda não é presença constante na mesa tupiniquim. Em média, cada brasileiro consome apenas 170 gramas de azeite de oliva por ano.

Os gregos, campeões indiscutíveis, consomem 25 quilos por ano. O mercado nacional oferece uma boa variedade de azeites importados, com destaque para a moda dos aromatizados com outros ingredientes, como trufa e limão. Certifique-se de que o azeite não seja misturado a outros óleos menos nobres. Luciano Percussi, autor do livro Azeite: história, produtores, receitas (Senac São Paulo, R$ 50,00), recomenda a leitura atenta do rótulo: “Tem que informar a acidez (sempre menor que 0,8%) e a origem.” Todos os azeites de qualidade devem deixar na boca um amargor suave de fundo, ensina.