Confira vídeos com algumas criações que ajudam a diminuir a distância que separa homem e máquina:

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Mais recente filme do diretor britânico Ridley Scott, “Prometheus” concentra a sua ação no distante ano de 2089. Nas primeiras cenas de uma viagem espacial, só o personagem David aparece na tela. Ele fala, se movimenta e raciocina. Tudo de maneira tão perfeita que demora um tempo para a plateia se dar conta de estar diante de uma máquina. Pode parecer uma ficção para os espectadores de hoje. Mas, se depender dos avanços da robótica, é possível que daqui a 77 anos a busca pelo androide perfeito esteja encerrada e que vários “davids” vivam no meio de nossos descendentes.

A novidade mais quente vem de cientistas da Universidade do Arizona (EUA), que conseguiram criar a perna robótica com o andar mais “humano” já inventada. Pode parecer um pequeno passo para a humanidade, mas fazer robôs andar como homens era um dos maiores desafios para os cientistas dedicados ao assunto. Segundo o pesquisador M. Anthony Lewis, para chegar ao resultado, foi preciso recriar parte de nosso sistema nervoso. Além disso, a arquitetura da perna artificial segue a nossa estrutura muscular. “Usamos vários motores, que atuam em duas articulações ao mesmo tempo”, explica. “Esse projeto será útil para estudar desordens relacionadas à locomoção”, diz Theresa Klein, outra pesquisadora do grupo.

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Enquanto esses pesquisadores tentam desenvolver pernas realistas, cientistas da Nasa e da GM se concentraram na parte de cima do corpo para criar o Robonaut 2. O objetivo é ter um androide que possa ajudar os humanos em trabalhos enfadonhos e cansativos (como em uma linha de montagem em uma fábrica) ou perigosos, como os relacionados à exploração espacial. “Nós estudamos a mão humana e tentamos desenvolver movimentos similares nas articulações dos dedos”, diz Ron Diftler, gerente do projeto.

Mas para coordenar pernas e mãos são necessários cérebros. E tem muito cientista trabalhando na criação de máquinas com QI. Um exemplo é o DeeChee, simpático androide que faz parte do projeto iCub, plataforma criada pelo Instituto Italiano de Tecnologia e adotada por mais de 20 laboratórios pelo mundo. O DeeChee reproduz o desenvolvimento de um bebê entre seis e 14 meses de idade. Assim como as crianças, no início ele apenas balbuciava sons desconexos. Conforme foi ouvindo conversas, aprendeu a memorizar sílabas e registrar os termos mais frequentes, até soltar suas primeiras palavras. “Trabalhos como esse possibilitam desenvolver maneiras de nos comunicarmos com os robôs”, diz Caroline Lyon, pesquisadora da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, e “mãe” de DeeChee.

Apesar de a partir de agora a robótica andar com as próprias pernas, os cientistas envolvidos nos projetos acreditam que estamos livres de um futuro em que máquinas travestidas de humanos circulem entre nós sem serem notadas. “Teremos boas imitações, mas acredito que sempre saberemos distingui-las”, diz Diftler, diretor da Nasa para o projeto Robonaut 2. Isso porque talvez a robótica jamais consiga criar emoções.

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