Escândalo Cachoeira
Ótica pessoal

Remota a chance de Fernando Cavendish surpreender na CPMI do Cachoeira, agora que foi convocado. Primeiro, ele não se considera um “homem-bomba”. Cogita também usar a prerrogativa constitucional de ficar em silêncio no plenário. Depois, tem dito que como presidente do conselho de administração da Delta não cuidava do dia a dia. E, no esforço maior para provar inocência, destaca não aparecer em conversas gravadas entre os envolvidos na CPI, como Cláudio Abreu, o grampeadíssimo diretor da sua construtora.

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Energia elétrica
Fatura alta

Eduardo da Fonte (PP-PE), corregedor da Câmara e frequentador de restaurantes parisienses, conquista muitos eleitores prometendo reduzir a conta de luz com a aplicação retroativa de uma mudança no contrato de concessão das distribuidoras. Se for bem-sucedido, dará razão a quem diz que no Brasil nem o passado é previsível. Aos consumidores de energia restará pagar tarifas em valores superiores aos que o deputado apregoa.

Aviação Civil
Mudez indesejada
O fogo na turbina do Boeing 767 da American Airlines, que obrigou a volta do jato a Guarulhos na madrugada da terça-feira 3, não teve efeito
só sobre os passageiros. Por ser avisado do fato muitas horas depois, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
deu um pito na empresa e na Infraero. As gravações da cabine foram recolhidas e copiadas.

Futebol
Jogo duro

A CBF deu queixa no CNJ contra a juíza Ritaura Santana, da 1ª Vara Cível de Campina Grande. Quer de volta R$ 2,48 milhões que depositou em juízo, por ordem da magistrada, já que incluiu o Treze da Paraíba na Série C do Brasileiro. Aliás, como o TJ julgará o mérito da questão apenas em outubro, a CBF também levou ao conselho reclamação contra a corte.

Política
Mãos dadas
Para garantir plenário cheio na quarta-feira 11, quando se decidirá sobre a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar, José Sarney suspenderá os trabalhos em todas as comissões do Congresso. Como algumas são mistas, o ato facilitará votar na Câmara dos Deputados o Orçamento da União de 2013, marcado para o mesmo dia.

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TCU
Fiscalização na mordomia
O TCU fará uma auditoria em confederações patronais e sindicais. Serão examinados em especial os gastos com atividades de representação e transportes, ou seja, as despesas que envolvem jantares regados a vinhos e viagens em jatinhos. Tais entidades recebem repasses expressivos da União.

Televisão
O casal era outro
Marília Pêra será convidada por Miguel Falabella para ser protagonista na minissérie “Humor Negro”, que a Globo exibirá todas as semanas, a partir de fevereiro de 2013. A dupla também estará no musical “Alô, Dolly!”, cuja estreia acontecerá em outubro, no Rio de Janeiro. A união de artistas na tela e no palco é rara. E não aconteceria, já que o papel na tevê era para Claudia Jimenez. A atriz, porém, passará por nova cirurgia cardíaca no mês que vem, sem previsão de retorno ao trabalho.

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Agricultura
Campo bom
Clima de grande expectativa na Companhia Nacional de Abastecimento para o anúncio, no mês que vem, do resultado final da safra brasileira de grãos 2011/2012. Na estatal fala-se em um volume acima de 163 milhões de toneladas – recorde histórico. O boom está atrelado a um produto em especial: o chamado milho safrinha. Sua colheita é estimada em 65 milhões de toneladas.

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Direitos Humanos
Papo de cartola
Novo capítulo da exploração da mulher estrangeira na Europa. Flávia Massoli foi vítima de assédio moral e sexual na Espanha, onde morou de 2004 a 2010. Trabalhando no Hotel das Arts, em Barcelona, a relações-públicas brasileira conheceu Joan Laporta, presidente do poderoso time catalão e amigo de Ricardo Teixeira. Contratada para organizar visitas ao clube, foi seduzida por juras de amor, viagens e joias. A relação acabou em 2009, quando o cartola levou cartão vermelho da esposa, Constanza Etcheverria. Laporta deixou o Barça. Já Flávia, trocada por uma marroquina de 20 anos, acabou demitida. “Vivi um conta de fadas às avessas.”

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Direitos Humanos 1
Efeito Laporta
De volta ao Brasil, em 2010, com a gata Tainá, a cachorra Magy “e mais nada”, a tocantinense trabalhou na reeleição do senador João Ribeiro (PR-TO). “Ele me deu R$ 1,5 mil para eu alugar um carro e me prometeu um emprego no DNIT.” Quatro meses depois foi demitida “porque a mulher dele soube do caso Laporta.” O mesmo ocorreu no Corinthians, numa contratação e demissão relâmpago. Flávia quer contar em um livro o que viveu na Espanha. Até lá, ganha a vida como garçonete em Brasília. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República pode denunciar o Barcelona a uma corte europeia de Justiça, se quiser – assim como Maria da Penha levou à OEA a violência que sofreu.

Copa 2014
Tesoura voadora
E já que o assunto é o Mundial da Fifa, o coordenador no Ministério do Esporte dos preparativos para o torneio, o secretário-executivo Luis Fernandes, é alvo de críticas por parte de representantes de outras áreas do governo, como o Ministério da Justiça e o Comitê Organizador Local. A forma como trabalha, aliás, tem efeito dentro da pasta: ele e o secretário Nacional de Futebol, Luis Paulino, não fazem tabelinha.

Justiça
Reta final

Após o recesso, o STJ decidirá um litígio entre a Chesf e os índios pankarus. A briga começou com a instalação de torres de transmissão
de energia em 93 quilômetros da reserva (criada em 1987). Na época, a estatal demarcou trechos onde nada pode ser cultivado e não falou em compensação. Caso a Funai vença, o valor da indenização será fixado em juízo.

Segurança Pública
Jogo lento
O governo foi bombardeado na terça-feira 3, na reunião em que a Secretaria de Segurança Pública em Grandes Eventos apresentou o planejamento de policiamento da Copa. A maior reclamação foi na demora na liberação de recursos. A cidade do Rio, por exemplo, já usa dinheiro próprio na infraestrutura de segurança do evento.

Esportes
Jogada de marketing?
Em Madri prepara-se contrato para a volta da MotoGP ao Brasil, o maior campeonato de motociclismo do mundo. O acordo é entre
a Dorna Sports, dona do evento, o governo do DF e Emerson Fittipaldi. Após a reforma geral do autódromo de Brasília, obra de uns R$ 200 milhões, a primeira prova na capital será após 2014, ano eleitoral. Em 2013, as velozes motos da categoria correrão na Argentina.

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