Direita X esquerda?

 

Assim como a cúpula da campanha petista sempre acreditou num segundo turno contra José Serra (PSDB), também o comando eleitoral de Ciro Gomes à Presidência pelo PPS está tendo que refazer sua estratégia. É que os ciristas achavam, no início, que se chegassem ao segundo turno seria pela esquerda, contra o candidato governista tucano. Agora, a perspectiva de um segundo turno de Ciro contra Lula está deixando a aliança PPS-PDT-PTB assustada. O medo é de que acabe virando uma briga entre centro-esquerda e centro-direita, digamos assim, com Ciro marcado como o preferido da direita por causa do apoio de caciques do PFL, como Jorge Bornhausen e companhia, e oligarcas nordestinos, como José Sarney, Tasso Jereissati e Fernando Collor. Políticos como o presidente do PPS, Roberto Freire, e o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) não admitem de público, mas andam em pânico. Perguntados se estarão confortáveis num segundo turno contra Lula e ao lado do PFL, tentam sair pela tangente. O máximo que Miro, por exemplo, responde é: “Cada agonia a seu tempo.”

 

 

 

 

Justiça fora do futebol

Atendendo a pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente interino do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, proibiu qualquer juiz de conceder liminares alterando a tabela de clubes que participarão do Campeonato Brasileiro. Vidigal defende que a Justiça não deve se meter na organização dos torneios da CBF. Ele foi indicado para o STJ pelo então presidente José Sarney, cujo filho, Fernando Sarney, é vice-presidente da CBF.

Os não-candidatos

Nesta segunda-feira 29, FHC tem almoço no Palácio da Alvorada com o presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, que havia afirmado que não se candidataria ao cargo e acabou eleito. Xanana foi convencido a concorrer por Sérgio Vieira de Mello, diplomata brasileiro, escolhido para a chefia do Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. Em tempo: Fernando Henrique também sempre jurou que não é candidato a qualquer cargo na ONU. Mas…

Cabeça a prêmio

O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, fala abertamente que o presidente da Petrobras, Francisco Gros, tem que aceitar diminuir o preço da gasolina: “Ou ele aceita ou pede demissão. Ou então, o Palácio do Planalto terá que demiti-lo.”

 

 

 

 

Problemas futuros

Depois de sua briga com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, o diretor de redação do jornal Folha de S.Paulo, Otavio Frias Filho, chegou à conclusão de que os jornalistas vão sofrer um bocado no próximo governo, seja lá quem vença as eleições. Otavio declarou a esta coluna: “O presidente do Brasil, pela massa de poderes que o cargo reúne, sempre é uma espécie de czar da Rússia. Pela arrogância que demonstram, os três principais candidatos neste ano me parecem credenciados para o papel.”

Rápidas

O alto tucanato está à procura de uma cearense que mora em Brasília chamada Janaína. A moça teria ganhado de presente um ursinho com chocolates.

No Palácio do Planalto, já se especula sobre uma desistência da candidatura tucana a presidente. O problema, segundo afirmam, é falta de carisma mesmo.

O deputado Moroni Torgan (CE), ex-presidente da CPI do Narcotráfico, é o primeiro pefelista a anunciar apoio ao candidato do PT a presidente da República.

No Rio, o deputado Eduardo Paes (PFL) não é mais pupilo de César Maia (PFL). Caminha célere para apoiar Ciro Gomes e concorrer a prefeito contra seu antigo guru.