Cara a cara com o confronto. Lula (PT), Ciro (PPS), Serra (PSDB) e Garotinho (PSB) estarão, no domingo 4 às 21h30, nos estúdios da Rede Bandeirantes em São Paulo para a primeira rodada do debate da campanha presidencial. Serra aposta suas fichas na tentativa de reverter o resultado das pesquisas que o tiram do segundo turno das eleições. As assessorias esperam um enfrentamento entre o tucano e Ciro Gomes. O debate acontecerá 16 dias antes do início do horário eleitoral. A novidade nas regras é que os quatro candidatos perguntarão e responderão perguntas de cada um deles. E terão 17 chances de se manifestar, incluindo aí as réplicas. A mediadora será a jornalista Márcia Peltier. Fernando Mitre, diretor-geral de jornalismo da Band, conta que precisou de seis meses de negociação para acertar as agendas e as regras. “Essa é a primeira oportunidade que o público terá para julgar os candidatos num confronto ao vivo”, comenta.

Foi a Bandeirantes que levou ao ar, em 1982, o primeiro debate televisivo com os candidatos ao governo nos principais Estados. “No primeiros confrontos, os candidatos não sabiam direito como se portar e chegavam a se agredir no estúdio”, lembra Mitre. Hoje, as assessorias de marketing e política passam dias preparando os candidatos para que não entrem no campo da baixaria. Detalhes como a roupa, cabelos, expressões faciais não escapam aos olhos dos especialistas. Dados, números e formas de escapar das armadilhas dos adversários são passados aos candidatos, que são treinados intensivamente. O debate é considerado mais um instrumento do marketing. Segundo os marqueteiros, o palanque eletrônico será capaz de decidir as eleições presidenciais.