03/04/2002 - 10:00
Algumas tragédias reais e contemporâneas vão além das clássicas gregas. Rei Édipo assassinou o pai para manter uma relação incestuosa com a mãe – embora não soubesse que se tratava de sua genitora, assim mesmo se autopuniu furando os olhos. Na madrugada da quarta-feira 27, na cidade paulista de Batatais, o desempregado Carlos Fabiano Faccion, 24 anos, matou friamente a mãe – e sabendo muito bem o que estava fazendo.
Como um serial killer de sua própria origem genética e agindo dentro de sua própria casa, assassinou também o pai, a irmã grávida, outra irmã e mais um irmão. Sua sobrinha de três anos e um outro irmão de sete ficaram gravemente feridos. A sua namorada, Edna Maria Milani, 20 anos e três filhos, e um menor de 13 anos participaram ativamente do crime.
Eles não demonstraram arrependimento e justificaram a barbárie com mentiras e motivos torpes – o que é típico dos psicopatas. “Meu pai não deixava eu ter minha vida”, disse Carlos. “Eu puxei o cabelo da mãe do Carlos, olhei nos olhos dela e disse: agora você não vai mais estragar a minha vida”, declarou Edna, que para a polícia é a mentora do crime. Os assassinos seguiram um método gelado: todas as vítimas foram golpeadas com barras de ferro e depois esfaqueadas.
