Poucas vezes no cinema existiu alguém tão malvado como Febre (Tim Roth), capataz do dissimulado cardeal Richelieu (Stephen Rea) e algoz da rainha da França (Catherine Deneuve), personagens de A vingança do mosqueteiro (The musketeer, Estados Unidos, 2001) – cartaz nacional na sexta-feira 5 –, adaptação pueril do clássico Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas. É maldade para gerar ação e só. Mas até que dá para se divertir com a fábula ambientada numa Paris degradada por ambições políticas no século XVII, apesar de a história se perder sob uma montanha de clichês. É assim que D’Artagnan (Justin Chambers) assiste a Febre matar cruelmente seus pais. Cresce e vai atrás de vingança. Junta-se aos mosqueteiros em dias de decadência e acaba apaixonando-se por Francesca, interpretada por Mena Suvari, a sedutora pin up de Beleza americana.

O cineasta nova-iorquino Peter Hyams é pau para toda obra quando
o assunto é ação. Já dirigiu Jean-Claude Van Damme e Arnold Schwarzenegger. Desta vez, porém, decidiu introduzir um artifício
novo para ele, mas velho para os espectadores. Com a ajuda do chinês Xin Xin Xiong, especialista em artes marciais, colocou muitas lutas acrobáticas no estilo oriental e coreografou embates parecidos aos de Bruce Lee. Como se vê, é uma história simplérrima, que Hyams se esforça para tornar atraente.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias