Televisão não se ouve, se vê. É imagem, e não voz. Então, para alguém ter ficado famoso na tevê “mostrando” somente a voz e jamais o rosto, é porque foi muito bom naquilo que fez. Assim viveu sua vida profi ssional Luiz Lombardi Neto, o dono da voz que repetia “é isso aí, Silvio!”, “e agora, Silvio?”. Mais: ela, a voz, anunciava carnês e animava o auditório. Aos 69 anos, Lombardi morreu de infarto na quarta-feira 2, em São Paulo. Trabalhou por quatro décadas com o dono do SBT, Silvio Santos, e dizia que “fama e anonimato andam juntos”. Morto, Lombardi perdeu a voz. E ganhou um rosto.