Ainda no ano 2000, no alvorecer do século XXI, a Editora Três e o conjunto de suas revistas semanais (ISTOÉ, IstoéDINHEIRO e IstoéGENTE) empenharam-se em identificar, escolher e homenagear pela primeira vez e, a partir dali, sistematicamente a cada final de ano os brasileiros que fizeram a diferença. Que contribuíram para um país melhor. Que se projetaram por ações, ideias e atuações capazes de concretizar o sonho de uma nação economicamente viável e socialmente justa.

Ainda não chegamos lá, mas estamos no caminho certo. Os eleitos desta década ao todo 161 brasileiros, incluindo os desta edição, driblaram adversidades, seguiram sempre adiante e, nos mais diversos campos de atividade, mostraram-se capazes de inspirar seus pares. Por isso foram destacados e são lembrados. O prêmio “Os Brasileiros do Ano” procura reconhecer o trabalho transformador dessas pessoas. Neste final de 2009, na décima edição da homenagem, o Brasil desponta como liderança inconteste no cenário político internacional e vem dando provas de uma estabilidade vigorosa em meio ao quadro de crise global.

O Brasil faz história com a descoberta do pré-sal, com a definição de seu nome para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O Brasil é reverenciado pela capacidade deromper paradigmas no campo da produção agrícola, da geração de biocombustíveis, no ramo de mineração áreas em que alcançou um grau de excelência comparável ao dos melhores do mundo. O Brasil é saudado pela criação de portentos industriais, verdadeiras multinacionais, no varejo, no setor financeiro, no campo da alta tecnologia. A missão de apontar as faces por trás dessas conquistas é, e sempre foi, difícil. Até porque cada um dos milhões de brasileiros possui sua parcela de esforço na empreitada.

Mas neste aniversário de uma década do prêmio “Brasileiros” a escolha de Luiz Inácio Lula da Silva dentre os 16 listados parece soar quase unânime, por tudo que o presidente simbolizou ao longo do período. Com dois mandatos consecutivos, Lula converteu-se num fenômeno de popularidade, aqui e lá fora. Foi apontado como “o cara” pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Virou o jogo com o seu programa social “Bolsa Família”. Colocou o País no prumo e no rumo do crescimento sem a dependência do FMI, com os juros em queda e a inflação controlada. Lula deixa o governo no ano que vem e a expectativa geral é de que, na nova década que se avizinha, outros brasileiros tomem a missão de levar à frente essa arrancada.