Assista ao trailer:

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Uma batalha que poderia fazer parte de um agitado filme de aventuras ganha as telas na sexta-feira 1º. A grande diferença é que se trata, não de um clássico do gênero épico, mas da adaptação de uma das mais conhecidas histórias da literatura infantil. “Branca de Neve e o Caçador”, baseado no conto de fadas dos irmãos Grimm, adota uma ótica sombria e realista para revisitar o drama da garota perseguida pela Rainha Má. Esqueça a candura dos sete anões e o chilrear dos pássaros no bosque. Passado na Inglaterra medieval, o filme, orçado em US$ 100 milhões, coloca em cena uma verdadeira guerra do bem contra o mal. A Branca de Neve defendida por Kristen Stewart, estrela de “Crepúsculo”, tem uma obstinação que a faz parecida com Joana D’Arc – ela inclusive usa armaduras e é com elas que vai enfrentar a sua madrasta. A serviço da rainha, o caçador vivido por Chris Hemsworth abandona a ética e se transforma em uma alma sem rumo. É ele quem treina Branca de Neve nos assuntos militares. Mesmo a Rainha Má, papel de Charlize Theron, torna-se ainda mais perversa e articulada. Todas essas mudanças servem apenas a um propósito: tornar a história mais adulta.

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Contratado para capturar Branca de Neve (Kristen Stewart),
o caçador Eric (Chris Hemsworth) alia-se à garota na luta contra a Rainha Má

Esse movimento contrário ao infantilismo reinante em Hollywood encontra sua primeira tradução no realismo visual, especialmente nas impressionantes cenas de batalha. Saído do meio publicitário, o diretor Rupert Sanders é um mago dos anúncios que se aventura pela primeira vez no cinema. E literalmente doa o próprio sangue. Perfeccionista, percebeu durante a filmagem de uma violenta cena num campo nevado que, ao cair no chão, as gotas de sangue falso se congelavam, perdendo o seu aspecto real. Para evitar a diminuição do impacto, extraiu 50 ml de seu próprio braço para serem usados na sequência – que foi refeita, obviamente. A busca da autenticidade obrigou a outros sacrifícios, agora do elenco estrelado. Aos 21 anos de idade, Kristen Stewart teve que superar um trauma de infância, provocado por uma queda de cavalo, acidente que lhe causou uma fratura. “Queria tanto o papel que me obriguei a simplesmente não pensar no assunto. Pensei: ‘Se eu morrer num cavalo, paciência’”, diz a atriz.

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Para não afugentar os fãs da obra original, os elementos clássicos da trama, como o espelho falante, a maçã envenenada e o beijo final, foram preservados. “O público gosta desses momentos. Fiz questão de manter o clima de perda e ciúme da obra”, diz Sanders. No caso dos sete anões, um detalhe: eles agora são oito e foram interpretados por atores de estatura normal, encolhidos por uma técnica chamada “realidade aumentada”. Ironia à parte, a turma agora tem nomes de imperadores romanos.

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