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Após anunciar que renunciaria à cidadania americana, o brasileiro que ajudou a fundar o Facebook, Eduardo Saverin, pode ser banido dos Etados Unidos, de acordo com informações dos sites Business Insider e ABC News.

De acordo com notícias prévias, a renúncia à cidadania aconteceria para que ele não pagasse os mesmos impostos de um cidadão americano. Com isso, Saverin economizaria US$ 67 milhões. O problema é que a atitude do empresário está causando furor no Senado americano.

Como conta a ABC News, o senador Chuck Schumer lidera uma frente que se propôs abertamente contra a postura de Saverin. "Pare de tentar se desviar das suas responsabilidades com os impostos como cidadão americano ou nunca mais pise nos Estados Unidos", afirma o site sobre o recado direto dado pelo senador.

Durante uma conferência à imprensa na manhã desta quinta-feira, Schumer, em parceria com o senador Bob Casey, apresentou uma medida chamada "Ex-Patriot – Expatriation Prevention by Abolishing Tax-Related Incentives for Offshore Tenancy" (em português, "Prevenção de Ex-patriação por Abolição de Incentivos Relacionados a Impostos", em tardução livre).

Para os senadores, uma medida concreta precisa ser tomada pelo governo americano para impedir o que eles chamam de "esquema" para burlar o pagamento de impostos nos Estados Unidos. O plano é impor as taxas que cidadãos americanos pagam até mesmo para ex-patriados, como Saverin, que saíram dos EUA e fixaram residência em outro país. Além disso, o objetivo é impor uma taxa obrigatória de 30% nos ganhos de qualquer pessoa que renunciar à cidadania americana.

Por último, a medida também impediria que cidadãos que renunciassem à cidadania entrassem novamente no país. O objetivo de Saverin é se livrar dos impostos americanos e se tornar um residente permanente de Singapura. Ele, no entanto, não é o único. De acordo com a ABC News, no ano passado, 1,7 mil pessoas renunciaram à cidadania americana.