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O volume de vendas do comércio varejista brasileiro aumentou em dois dígitos em relação ao mesmo período de 2011 . A alta foi de 12,5% em março, após já terem registrado uma taxa de 10,6% em fevereiro. Apesar dos dados animadores, o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira credita o bom desempenho a uma base de comparação mais baixa.

"Isso é o que a gente chama de efeito base, quando o crescimento se justifica por uma base de comparação mais baixa", explicou. "No início de 2011, o PIB não vinha crescendo muito. O governo tinha tomado as medidas macroprudenciais no fim de 2010, principalmente para restringir o crédito", acrescentou.

Já em comparação com fevereiro, o aumento foi de apenas 0,2%. Seis das dez atividades pesquisadas tiveram desempenho negativo. A principal queda nas vendas foi percebida no segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (–7,1%).

Outros setores que tiveram queda foram combustíveis e lubrificantes (-0,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%), veículos e motos, partes e peças tiveram queda de (-1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,9%).

Já os setores que apresentaram crescimento foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,3%), móveis e eletrodomésticos (1,2%), tecidos, vestuário e calçados (0,8%) e material de construção (0,3%).

A atividade econômica ainda em ritmo lento neste início de ano explica uma quase estabilidade nas vendas do comércio varejista em março, segundo o IBGE. "Esperava-se no início de 2012 que a economia tivesse crescimento mais forte, mas isso não tem se verificado por causa das incertezas, da instabilidade no caso da Grécia, da Espanha", afirmou Pereira. "A economia brasileira não vem deslanchando como se esperava, e a gente acredita que o comércio vem acompanhando essa conjuntura, pelo menos no resultado da margem (na comparação com o mês anterior)".