Assista ao trailer de “Preamar” :

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SUBMUNDO
Karen Junqueira na série “Preamar”: “negócios informais” na praia de Ipanema

O rico empresário carioca João Velasco faz uma aposta equivocada na bolsa de valores e acaba falido. Seu fim poderia ser o de muitos magnatas que perdem tudo de uma hora para outra: o suicídio. Prestes a se jogar de sua cobertura de frente para a Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, vem-lhe à mente a solução: explorar os negócios informais que fervilham nas areias. Este é o enredo na nova série brasileira do canal a cabo HBO, “Preamar”, que pretende mostrar o submundo de cartões-postais pouco habitual nas tevês abertas. Com a entrada em vigor da nova legislação que prevê cota para a produção nacional, prevista para junho, os chamados enlatados americanos perderão ainda mais espaço para os projetos gerados exclusivamente no País.

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A exigência de cota de três horas e meia em horário nobre com programação nacional está prevista na polêmica Lei 12.485, de 2011, que passou por consulta pública antes da regulamentação. Para a HBO, com a experiência de já ter produzido outras séries no Brasil, a adaptação está sendo fácil. “Mandrake” (2005), “Alice” (2008) e “Filhos do Carnaval” (2009) estão no histórico do canal americano. Mesmo com poucos rostos conhecidos, a programação (que conta com a parceria com produtoras independentes) busca manter a qualidade das grandes emissoras. Para isso, o canal foi atrás de profissionais formados no cinema e na tevê, caso de Estevão Ciavatta, o diretor de “Preamar”, com passagem pela Rede Globo (esteve à frente do programa “Brasil Legal”, apresentado por sua mulher, Regina Casé). “Há bastante técnicos e atores com experiência. O que falta são roteiristas e produtores de conteúdo para atender a essa nova realidade”, afirma Marco Altberg, presidente da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV).

Como a legislação passa a valer em junho, os canais estão correndo contra o tempo. A própria HBO já tem na manga outra série, sobre os bastidores do futebol. O Telecine prepara nova programação com mais filmes nacionais, a partir de julho. “As tevês terão um prazo razoável para se adaptar às normas, senão poderão até pagar multa”, adverte o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel.  

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