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O presidente eleito da França, François Hollande, e o atual, Nicolas Sarkozy, recordaram juntos nesta terça-feira (8) o fim da Segunda Guerra Mundial e ambos colocaram um ramo de flores no túmulo do soldado desconhecido ao pé do Arco do Triunfo em Paris. O conservador Sarkozy havia convidado o socialista Hollande, que o derrotou no segundo turno presidencial no domingo, a participar na comemoração da rendição nazista.

Os dois presidentes deram as mãos e colocaram juntos um ramo de flores no túmulo do soldado desconhecido. Depois acenderam a chama e ouviram a Marselhesa e o Canto dos Partidários, emblemático da resistência francesa contra os nazistas, cantados por um coro militar.

O atual chefe de Estado passou as tropas em revista e depositou flores diante da estátua do general Charles de Gaulle. Após a rápida cerimônia, os dois presidentes trocaram algumas palavras, sorridentes, mas não fizeram declarações oficiais. Hollande se limitou a afirmar à imprensa que "há assuntos que unem todos". A transferência de poder entre Sarkozy e Hollande acontecerá em 15 de maio.

Chanceler alemã

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta terça-feira a Hollande que os dois países, motores da economia da Eurozona, devem tomar "as decisões necessárias" para resolver a crise da dívida no bloco. "Cabe a nós tomar as decisões necessárias para a União Europeia e a Eurozona, para preparar o futuro de nossas sociedades, preservar e impulsionar sua prosperidade de forma sustentável", afirmou Merkel em uma mensagem dirigida a Hollande e comunicada por seu gabinete.

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"Envio minhas mais sinceras felicitações por sua eleição como presidente da França. Você assumirá suas funções cheias de responsabilidade em um momento de grandes desafios", afirma a mensagem enviada pelo chanceler.

"Estou certa de que nossa cooperação irá fortalecer e aprofundar a amizade tradicionalmente boa e profunda entre nossos dois povos, na perspectiva do 50º aniversário do Tratado do Eliseu", assinado em janeiro de 1963 entre França e Alemanha para selar sua reconciliação após a guerra, acrescenta o texto da chefe do governo alemão. "Eu me alegro de estar ao seu lado assumindo nossa responsabilidade comum em favor da Europa", concluiu Merkel.

Hollande se reunirá com Merkel em Berlim no dia 16 de maio, um dia depois de sua posse. Os dois dirigentes têm visões diferentes sobre a política econômica da Europa contra a crise. Hollande aposta em renegociar o pacto fiscal assinado por 25 países europeus e impulsionado sobretudo pela Alemanha, para acrescentar a ele um capítulo sobre medidas que estimulem o crescimento. Merkel afirma estar disposta a falar destas medidas a favor do crescimento, mas em nenhum caso a renegociar o pacto.


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