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Na semana em que o D.O.M. ganhou o título de quarto melhor restaurante do mundo pela revista “Restaurant”, Alex Atala avisa: “Nunca fiz nada para entrar nessa lista.”

Você é o primeiro chef das Américas a ficar entre os cinco primeiros na lista. Qual a maior dificuldade que enfrentou nesses anos?

Sou um cara obstinado e teimoso. A minha gastronomia pretende apoiar o Brasil e o ingrediente do nosso país. O maior inimigo da cozinha
brasileira pode ser eu. Vão dizer: “O Alex é que era bom, o produto não é tão sensacional.”
O Alex não é bom, o produto é que é sensacional.
Vivemos um momento, nos últimos seis anos, de glamorização da profissão.
É melhor do que era antigamente. Quando eu comecei a cozinhar, escutei de várias pessoas que era coisa de veado ou analfabeto.

Mas essa glamorização não gera uma falsa expectativa para futuros profissionais?

Quem optou por essa profissão para ficar famoso se ferrou, e merece se ferrar.

Já lavou muito chão de cozinha?

Lavo até hoje. Faço amarradão. É da minha profissão.

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