A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, desembarcou na China, na quinta-feira 3, no epicentro de uma crise no campo dos direitos humanos envolvendo os EUA e o país anfitrião. O personagem central é o ativista político Chen Guangcheng, que é cego. Ele, conhecido por defender mulheres que o governo obriga a abortar, vivia em prisão domiciliar. Conseguiu fugir e, orientado por companheiros, refugiou-se na embaixada dos EUA em Pequim. A sua história comoveu o mundo. Chen foi para um hospital (na foto, ao centro) na véspera da chegada de Hillary. É aí que o caso passou a ter três versões: os EUA dizem que negociaram garantias com a China de que ele não voltará a ser preso. Chen alega que só deixou a embaixada porque a polícia ameaçou sua família. A China, por sua vez, não garante que não o prenderá. Na sexta-feira ele pediu para deixar o país no avião de Hillary.