Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 54 jornais de 25 capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Conta com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo. É também comentarista das rádios ‘Super TUPI’, do Rio, e 'Muriaé' FM. Assina a Coluna com equipe de Brasília, Rio e SP.

2030: Os herdeiros vêm aí

Reuters
Haddad e Lula em Brasília Foto: Reuters

Os veteranos caciques, que controlam grandes partidos há muitos anos, entregam devagar os pontos – mas não a primazia da escolha de nomes para a vitrine eleitoral. O que não se pode negar é que a sucessão é inevitável e requer holofotes para as pratas da casa, para que projetos não morram. É o que vai acontecer com PT, PSD, PSB, MDB e PL, apurou a Coluna. Eles já preparam novos candidatos para a disputa presidencial de 2030. Parte dos projetos é protagonismo natural dos cargos que hoje ocupam. Fernando Haddad é o escolhido por Lula da Silva para sua sucessão (em 2026 ou 30). E para daqui seis anos, os nomes dos partidos, se nada mudar no planejamento, serão os de João Campos, hoje prefeito do Recife, pelo PSB; Massa Junior (futuro ex-Ratinho) será em quem o PSD vai apostar; o MDB deve levar às pesquisas o governador do Pará, Helder Barbalho, considerado o quadro mais preparado na sigla. O plano secreto de Jair Bolsonaro é o filho senador Flávio, pelo PL, o mais experiente dos irmãos.

Caciques veteranos dos partidos já preparam jovens nomes para a vitrine presidencial de 2030: Renovação de candidatos das legendas é inevitável

Jogos: Governo lucra e gera ciúme

Prognósticos da Caixa indicam que o faturamento da loteria +Milionária, cujo prêmio principal ninguém acertou até esta semana, deve chegar a R$ 2,5 bilhões até o fim do ano. A modalidade, lançada há dois anos, é a mais difícil já criada no Brasil, espelhada nas similares dos Estados Unidos e Europa. A meta da Caixa é o prêmio chegar a mais de R$ 1 bilhão, para chamar a atenção dos apostadores. O banco controla sozinho o setor de apostas presenciais, e esses números incentivaram a bancada que pede a volta dos cassinos e bingos a cobrarem avanço dos projetos de lei. O Brasil, inevitavelmente, é um País de grandes apostas, dizem.

Janela na Terra Mãe

2030: Os herdeiros vêm aí

Nelson Tanure

Caiu como (boa) bomba no mercado imobiliário da península ibérica a notícia da Coluna de que o investidor Nelson Tanure não desistiu da tradicional empreiteira Teixeira Duarte, com 1 bilhão de euros em faturamento anual. Ele mandou preposto negociar a aquisição do controle com os herdeiros. A coisa avançou em Lisboa. Tanure não quis comentar.

Palácio: Troca de líderes está decidida

COMBATIVO Novo líder do governo no Congresso, Randolfe é mais explosivo

O senador Jaques Wagner (PT-BA) não é mais o conselheiro preferido do presidente Lula da Silva no Palácio. Ele está chateado com o desempenho do amigo na Casa, contam palacianos. Um ministro comenta ser muito distraído e que está impondo derrotas ao Governo. Outro ministro afirma que o líder senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) está na fila da degola. O Barba os segura pela amizade, e porque qualquer mexida agora, antes da minirreforma ministerial de janeiro, antecipará brigas incalculáveis. A troca dos líderes no Senado e Câmara está decidida. Gleisi Hoffmann foi incumbida também das tratativas.

Vem pra Caixa você também…Vem!

2030: Os herdeiros vêm aí
Agência Brasil

O Plano de Demissão Voluntária da Caixa encerrou-se no fim de maio com adesão bem acima do esperado pela instituição. Inclusive entre servidores veteranos que ocupam cargos comissionados cobiçados por partidos aliados no bancão oficial. Não deu outra. Cientes disso, começou corrida de líderes ao Palácio para indicações. O próprio presidente da Caixa, Carlos Vieira – apadrinhado de Arthur Lira – está empenhando em ouvir propostas para o preencimento das vagas. Mas devem ser nomes de dentro do próprio banco. O que causou também uma corrida interna em busca de padrinhos partidários.

La vita è bella no Mar Adriático

O hotel Borgo Egnazia Fasano, no Sul da Itália à beira do Mar Adriático, tem diárias de 2 mil euros e o melhor campo de golfe do País. Não há mais vagas para o Réveillon, para ter noção do prestígio. É onde a comitiva palaciana de Lula ficará com o presidente, durante a reunião do G7.

Barba & casa de praia

O presidente Lula da Silva já se hospedou numa bela casa pé na areia, da família do ex-deputado Ronaldo Carletto (BA). Carletto votou a favor da chamada PEC da Privatização das Praias e pode se beneficiar, se o Senado aprovar e a lei for sancionada. Ele tem acesso exclusivo a uma grande faixa de areia na Ponta do Camarão em Caraíva.

Herdeiro de Arruda

Brasília tem tradição em fazer sucessão hereditária na política. O mais novo na praça é o filho mais velho do ex-governador José Roberto Arruda, fruto de seu primeiro casamento. Ao completar 18 anos, Artur fez um discurso “de candidato” em festa há duas semanas. Arruda é um dos caciques do DF, a despeito da situação judicial.

NOS BASTIDORES

O arroz queimado

O Governo está cada dia mais refém dos ruralistas no Congresso – a grande maioria bolsonaristas. A vaga do demitido Neri Geller da Secretaria do MAPA foi dada a eles.

Vergonha Olímpica

A comitiva do Comitê Olímpico Brasileiro vai menor para Paris no fim do mês. Só a do futebol masculino, que não participará das Olimpíadas, representava 40 pessoas. Uma economia vergonhosa para o COB.

Uma confusão mineira

O poderoso setor de jogos online está olhando com incredulidade e desânimo as seguidas suspensões da licitação da Loteria do Governo de Minas Gerais. O caso vai parar na Justiça. Há comentários de briga entre sócios da atual operadora.

Formigueiro Air

O saguão do piso inferior do Aeroporto de Congonhas (SP) ganhou apelido de formigueiro. Pelos portões colados no embarque remoto, filas intermináveis e passageiros apertados em pé sem mais poltronas.