Assista ao trailer:

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Dá para imaginar um filme baseado em um simples jogo? Sim, se a produção é bancada por Hollywood, contar com os maiores especialistas em efeitos digitais e dispuser de um fantástico orçamento para brincar de guerra. No caso, o brinquedo adaptado para as telas é Batalha Naval, aquele jogo em que os adversários precisam adivinhar em que posição está a esquadra do inimigo, localizada em uma planilha ou quadro dividido por colunas de 1 a 10 e por letras de A a Z. A Universal Pictures não só vislumbrou que esse jogo pode gerar um enredo de muita ação como espera ganhar milhões de dólares com ele – de preferência, bilhões. Ele foi concebido para virar mais uma grande franquia cinematográfica. Previsto para estrear no Brasil na sexta-feira 11, “Battleship – Batalha dos Mares” é uma das maiores apostas para o verão americano. No rastro de outras aventuras inspiradas em brinquedos e jogos como “Transformers”, série que já tem três títulos responsáveis pela renda mundial de US$ 2,6 bilhões, essa “Batalha dos Mares” consumiu cerca de US$ 200 milhões, sem incluir a parte promocional.

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FOGO CERRADO
Tadanobu Asano e Taylor Kitsch em “Battleship”:
batalha naval contra embarcações de ETs

Antes de sua première mundial, em Tóquio, o produtor e diretor do filme, Peter Berg, explicou à ISTOÉ o significado dessa aposta: “Blockbusters são muito caros e os estúdios preferem se apoiar em produtos familiares do público, inclusive jogos’’. Lançado em 1967 pela empresa americana Hasbro, dona também de “Transformers’’ e “G.I. Joe’’, Batalha Naval é vendido em 40 países e foi traduzido para 29 idiomas. No Brasil, o jogo é distribuido pela Semaan Brinquedos, representante da Hasbro. “Estamos sendo alvo de piadas desde o anúncio do projeto. Como assim, fazer um filme sobre o jogo? Os personagens vão ficar gritando B1 ou F7?’’, disse o ator e protagonista Taylor Kitsch. Ele interpreta um desajustado oficial da Marinha americana que acaba defendendo o planeta, depois que a Nasa manda um sinal para o espaço. Em resposta, a Terra é invadida por estranhas embarcações em alto mar das quais saem criaturas alienígenas que se protegem da luz do sol usando armaduras como as de “O Homem de Ferro”. Toda a Marinha se une no Pacífico para salvar o mundo, incluindo uma especialista em armas interpretada por Rihanna, a cantora de Barbados que faz sua estreia no cinema. Há ainda um comandante vivido por Alexander Skarsgård, o Eric da série “True Blood’’, e um almirante autoritário retratado por Liam Neeson. O ataque dos ETs é uma desculpa para o festival de cenas de ação, de efeitos especiais e de corpos sarados – tudo o que costuma caracterizar um “popcorn movie” criado para ser fenômeno durante as férias. “Não se trata, obviamente, de um filme sobre o jogo. Usamos apenas o seu conceito de lutar contra um inimigo que não se sabe onde está, e também a estratégia de disparar o tiro e atingir o alvo a partir das coordenadas’’, diz o roteirista Erich Hoeber. “A trama apenas presta uma homenagem ao jogo, que, antes de ser colocado numa caixa pela Hasbro, distraía a garotada apenas com papel quadriculado e lápis.’’

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Ainda que a crítica esteja torcendo o nariz para o filme, os números já se mostram promissores. Lançado primeiro no mercado internacional (antes de chegar às telas americanas no dia 18), ele já arrecadou US$ 130 milhões em 50 países – com destaque para as rendas obtidas na China e na Rússia. “Não basta investir na produção. É preciso transmitir a mensagem certa ao espectador’’, diz Berg, que já pensa na conti­nuação de “Battleship’’: “Trata-se de uma semente para a retomada da saga naval.’’  

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