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A internet irá colocar a vida privada em risco novamente. A empresa americana Spock.com lançará um motor de busca que pretende juntar os registros de seis bilhões de seres humanos. Até agora a versão experimental conta com dados de mais de 100 milhões de pessoas, antes de seu lançamento, previsto para agosto. “Para fazer as fichas indexamos os dados contidos em centenas de sites, em particular sites de relacionamento como o Linked In, MySpace, Friendster, Bebo e também os sites mais abrangentes, como a Wikipedia”, disse Jay Bhatti, co-fundador da empresa.

O interesse pelos registros pessoais permitiu ao Spock reunir sete milhões de dólares para lançar o site, que por ora será gratuito e se financiará com publicidade. Como todas as ferramentas da internet, o Spock já está causando polêmica. “Os internautas podem se sentir atacados ao ver informações que lhes digam respeito, principalmente se não optaram em fazer parte desses sites”, explica Derek Slater, da Fundação Electronic Frontier, uma associação que defende a vida particular diante das novas tecnologias. Uma das vítimas do buscador é o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que recebeu uma ficha pessoal com adjetivos ofensivos.

Para resolver a questão a lei americana terá de ser modificada. Afinal, ela defende que os sites de busca não podem ser responsabilizados pelo conteúdo que divulgam. Até que a lei seja reformulada, os especialistas alertam que todo cuidado é pouco com informações pessoais que são divulgadas na internet.