Há quatro anos, Gabriel Jesus pintava as ruas de Jardim Peri, em São Paulo, para apoiar a Seleção na Copa do Mundo do Brasil. Hoje, o atacante do Manchester City se prepara para disputar seu primeiro mundial, um feito que ele admitiu causar ansiedade, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, em Sochi.

Daqui a três dias, em Rostov-on-Don, palco da partida de estreia do Brasil diante da Suíça, Gabriel Jesus estará em campo ao lado de Willian, Philippe Coutinho e Neymar para formar o quarteto de ataque da Seleção. Uma realidade que mexe com o garoto de 21 anos.

“Tranquilo não é. É difícil, a ansiedade bate um pouco, é normal. Em se tratando de Copa do Mundo, maior torneio que temos no futebol, é claro que bate um pouquinho de ansiedade. Mas vou procurar ficar tranquilo”, garantiu o ex-atacante do Palmeiras.

A receita para dissipar o nervosismo, porém, está no companheirismo que encontrou dentro da Seleção.

“É claro que por não ter jogado Copa do Mundo, você não tem experiência, mas todos conversam, passam experiências, ajudam. É muito importante. Temos que ser unidos, uma família. Porque vamos enfrentar uma Copa do Mundo juntos”, explicou.

– Neymar, o amigo –

E uma das peças-chave do bom ambiente é a principal estrela da Seleção, Neymar.

“Há dois anos, eu não o conhecia pessoalmente. Fui conhecer o Neymar nas Olimpíadas. Ele me tratou muito bem. Sempre deu conselhos. Isso é muito importante. Você corre mais pelo seu amigo, dá a vida”, elogiou Gabriel Jesus.

Para ganhar a posição ao lado de Neymar no ataque do Brasil, Gabriel Jesus precisou disputar e vencer a feroz concorrência com Roberto Firmino. Mas, para o titular, a sombra do jogador do Liverpool é benéfica para a Seleção.

“Hoje a Seleção tem dois centroavantes titulares, assim como em todas as posições. Uma briga muito boa, sadia, que ajuda quem está jogando a evoluir. Ele fez excelente temporada, eu também. Se eu estiver jogando, ele vai torcer. Se ele estiver jogando, vou torcer também”, garantiu.

Vencida a concorrência com Firmino, Gabriel Jesus já olha para o próximo desafio, a Suíça, um adversário que o jovem não hesitou em analisar.

“A Suíça tem jogadores de altas qualidades, joga de duas ou três formas diferentes. Não tem como prever a maneira que vão jogar. Temos que entrar ligados para os planos A e B deles, para fazermos uma grande partida”.

Após o duelo contra os suíços, o Brasil enfrentará a Costa Rica, no dia 22 em São Petersburgo. No dia 27, encerra sua participação no Grupo E da Copa contra a Sérvia, em Moscou.

 

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