A candidatura conjunta de Estados Unidos, México e Canadá venceu a do Marrocos na disputa pelo direito de organizar a Copa do Mundo de 2026, nesta quarta-feira, durante o 68º Congresso da Fifa, realizado em Moscou.

Desta forma, o México será o primeiro país a receber três Copas do Mundo, depois do Mundial de 1970, vencido pelo Brasil de Pelé, e do Mundial de 1986, vencido pela Argentina de Maradona.

A candidatura ‘United 2026’ recebeu 134 votos, contra 65 do Marrocos. O trio norte-americano vai sediar a primeira Copa do Mundo com 48 seleções, espalhadas em 23 recintos esportivos (3 México, 3 Canadá e 17 Estados Unidos).

“Desculpe, é muito emocionante para nós hoje. Muito obrigado, é uma honra incrível”, reagiu o presidente da Federação dos Estados Unidos, Carlos Cordeiro. “É uma honra extraordinária e um privilégio”, acrescentou o mandatário da Federação Canadense, Steven Reed.

“Marrocos-2026 parabeniza @United2026 por sua vitória”, escreveu o comitê marroquino por sua conta oficial no Twitter após a derrota.

O presidente americano Donald Trump comemorou a escolha da sede de 2026 no Twitter.

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“Estados Unidos, junto a México e Canadá, acabam de obter a Copa do Mundo. Parabéns, uma grande quantidade de trabalho duro”, tuitou o chefe de Estado.

Já o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau afirmou que o Mundial de 2026 será um grande torneio.

“Parabéns a todos os que trabalharam duro por esta aposta. Vai ser um grande torneio”, afirmou.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, por sua vez, afirmou que México, Estados Unidos e Canadá estão “profundamente unidos”.

“Não apenas nossa gente e nossas famílias, não apenas nossas empresas e comerciantes, também o futebol sabe que Canadá, Estados Unidos e México estão profundamente unidos”, declarou através de um vídeo postado no Twitter.

Pela primeira vez a votação foi aberta para todos delegados da Fifa. Anteriormente, era o conselho da entidade que escolhia a sede da Copa do Mundo.

Dos 210 membros da FIFA, não participaram da votação os quatro países candidatos, além de Guam, Porto Rico e Ilhas Virgens, pelo conflito de interesses por seus vínculos com os Estados, anunciou antes do pleito a secretária geral da Fifa, Fatma Samoura.

– Infantino quer reeleição –

“É histórico”, destacou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, que no fechamento do congresso anunciou que vai se candidatar à releição no congresso marcado para Paris, em 2019.

“Quando se vence, se sente muito feliz até o próximo jogo. Quando perde, se sente triste, mas depois é necessário pensar nos próximos objetivos”, acrescentou Infantino em coletiva de imprensa, parabenizando a candidatura marroquina.

Membro da equipe que apresentou o projeto ‘United 2026’ aos delegados, o presidente da Federação Mexicana, Decio de María, discursou antes da votação.


“Até 2026 terão passado 32 anos desde que organizamos um Mundial na Concacaf. Todas as regiões receberam o torneio nos anos precedentes”, recordou o dirigente, em referência ao Mundial dos Estados Unidos-1994.

O mexicano também fez uma menção à situação política: “Em um mundo no qual as forças da divisão tentam nos separar, um Mundial na América do Norte demonstrará que o futebol pode unir. Todos juntos”.

– “Potencial humanista” –

Quem também falou durante o Congresso foi o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que indicou que “o esporte tem um potencial humanista enorme”.

“Nos restam poucas horas para este grande evento. Realizamos este trajeto como equipe. Este grande festival não teria sido possível sem a ajuda de tantos entusiastas da família futebolística global”, indicou Putin aos membros da Fifa.

“Os habitantes da Rússia são pessoas abertas, amáveis e hospitaleiras. Nosso país está preparado para receber a Copa do Mundo. Compreenderão nossa cultura única, nossas características únicas. Bem-vindos à Rússia, concluiu Putin.

Os poderosos argumentos da candidatura norte-americana convenceram os delegados da Fifa. Cordeiro declarou no início de maio que a Copa de 2026 atrairia aproximadamente 11 bilhões de dólares à Fifa, com cifra de negócios de 14 bilhões.

Estão previstos 60 jogos nos Estados Unidos, além de 10 no Canadá e outros 10 no México, que sonha que o lendário estádio Azteca se torne o primeiro a receber três aberturas da Copa do Mundo.


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