A história das Copas do Mundo está recheada de erros de arbitragem ou decisões polêmicas. A vídeo-arbitragem (VAR), que faz sua estreia no Mundial da Rússia-2018, poderá ajudar a evitar injustiças e auxiliar os juízes dentro de campo.

Estas são algumas decisões equivocadas dos árbitros que entraram na história da Copa do Mundo:

– A mão de Deus –

22 de junho de 1986, na Cidade do México, durante jogo das quartas de final da Copa do Mundo entre Argentina e Inglaterra. Os sul-americanos venceram por 2 a 1.

Aos seis minutos do segundo tempo, Diego Maradona se aproveita de um rebote alto e disputa a jogada com o goleiro. O camisa 10 não hesita e toca com a mão por cima de Peter Shilton. Nem o árbitro tunisiano Ali Bennaceur nem o bandeirinha reparam no toque irregular e validaram o gol.

“Esse gol eu marquei um pouco com a cabeça e um pouco com a mão de Deus”, comentou Maradona, que minutos depois marcou um golaço após driblar quase todo time inglês.

Com o VAR, o gol provavelmente seria anulado e Maradona receberia cartão amarelo.

– Agressão de Schumacher –

8 de julho de 1982, em Sevilla, pelas semifinais entre Alemanha e França. Os alemães venceram nos pênaltis por 5 a 4, após empate em 3 a 3.

Com o placar marcando 1 a 1 aos 12 minutos do segundo tempo, o francês Patrick Battiston é lançado em profundidade por Michel Platini. Sem se preocupar com a bola, o goleiro alemão Harald Schumacher sai com extrema violência e golpeia o francês, que perdeu três dentes, ficou inconsciente por alguns instantes e foi retirado de campo de maca. O árbitro inglês Charles Corver indicou apenas tiro de meta.

Com o VAR, o árbitro provavelmente marcaria pênalti para França e daria cartão vermelho para Schumacher.

– Rodada obscura de 2010 –

27 de junho de 2010, em Bloemfontein, durante oitavas de final entre Alemanha e Inglaterra. Os alemães venceram por 4 a 1. No mesmo dia, Argentina e México se enfrentaram com vitória “hermana” por 3 a 1.

A rodada foi sombria para a arbitragem. No duelo europeu, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não validou um gol inglês após chute de Frank Lampard pegar no travessão e quicar depois da linha. Com a jogada, os ingleses poderiam empatar em 2 a 2 mas acabaram goleados.

O VAR não teria tido influência no caso, que teria que apelar para a ajuda da tecnologia da linha do gol, adotada na Copa do Mundo do Brasil-2014.

Já no duelo americano, Carlos Tevez recebeu em impedimento e balançou as redes após passe de Lionel Messi. O gol foi validado, apesar dos telões repetirem o lance em câmera lenta.

Com o VAR, Tevez provavelmente teria o gol anulado.

– Três cartões amarelos –

22 de junho de 2006, em Stuttgart, durante empate em 2 a 2 entre Croácia e Austrália pela fase de grupos.

O zagueiro croata Josip Simunic recebe três cartões amarelos em um mesmo jogo pelo árbitro inglês Graham Poll, que tentou justificar o erro atribuindo ao sotaque de Simunic, nascido e crescido na Austrália. Em um dos cartões, atribuiu ao “número 3 da Austrália”.

Para Poll, assim como para Croácia e Austrália, a Copa do Mundo terminou em Stuttgart.

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