A Federação de Ginástica dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira, que a chefa do time feminino não faz mais parte da organização, após o escândalo de abusos sexuais que sacudiu o esporte nos últimos meses.

Rhonda Faehn, que dirigia o programa de ginástica desde 2015, foi removida do cargo.

“É um assunto pessoal que não vamos discutir em detalhes”, explicou a USA Gymnastics em comunicado.

“Reconhecemos que esta mudança pode ser difícil, mas não deixaremos de tomar decisões necessária e complicadas para transformar nossa organização”, indicou o diretor executivo, Kerry Perry.

“Estamos concentrados em criar uma cultura que empodere e coloque nossos atletas em primeiro lugar”, acrescentou.

O papel de Faehn no escândalo de abusos sexuais do médico da equipe, Larry Nassar, foi discutido amplamente.

Aly Raisman, medalhista de ouro e uma das vítimas de Nassar, disse que Faehn não tinha atuado com a pressa necessária após saber dos abusos, em junho de 2015.

“Não sei o que fez ou deixou de fazer com essa informação, mas o FBI não entrou em contato comigo por mais de um ano. Neste período, entre 50 e 100 ginastas sofreram abusos”, explicou Raisman ao jornal Indianapolis Star.

Nassar foi sentenciado em janeiro a passar a vida atrás das grades, depois de se declarar culpado de abusar sexualmente de mulheres e crianças ao longo de duas décadas, com o pretexto de estar realizando exames e tratamentos médicos nas atletas.

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