O número de mortos nos violentos protestos na Nicarágua subiu para 34 pessoas, a maioria na capital, mas a lista pode aumentar nas próximas horas, informou o Centro Nicaragüense de Direitos Humanos (CENIDH).

O organismo fez o balanço até terça-feira de 34 mortos, entre eles alguns desaparecidos que foram encontrados por familiares no necrotério do Instituto Médico Legal de Manágua e pessoas que morreram no hospital devido aos ferimentos durante os protestos.

Entre os mortos, estão dois agentes da polícia e um jornalista da cidade de Bluefields. A grande maioria são de jovens estudantes universitários.

Há 66 feridos internados, sendo que 12 em estado muito grave.

A maioria dos mortos foi baleada na cabeça, pescoço ou tórax.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu que o governo da Nicarágua investigue essas mortes.

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Na véspera, as autoridades libertaram dezenas de jovens presos nos protestos da última semana contra uma reforma da previdência promovida pelo governo, que voltou atrás.

Além disso, retiraram o bloqueio à transmissão de uma última emissora censurada, abrindo caminho para o diálogo.

A proposta de diálogo nacional para superar a crise parece avançar com a decisão dos bispos católicos de mediar o processo, o que foi saudado pelo presidente nicaraguense, Daniel Ortega, e pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

No entanto, nenhuma data foi fixada e não se sabe ainda quem participará nesses diálogos.

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