A gestora das ferrovias de Hong Kong, que também tem atividades no setor imobiliário, está planejando construir cidades-dormitório no sul da China para resolver a crise de habitação na ex-colônia britânica – informou a imprensa local na terça-feira (24).

O projeto causou polêmica. Seus críticos denunciam a intenção de isolar os honcongueses mais pobres em guetos, além de uma violação da autonomia do território devolvido à China em 1997.

Segundo o jornal “South China Morning Post”, a MTR Corporation citou diálogos com sua equivalente chinesa para estudar quais áreas do sul da China continental poderiam abrigar essas zonas residenciais.

Elas ficariam no distrito de Nansha e na cidade de Foshan, na província chinesa de Guangdong, vizinha de Hong Kong, ligada à ex-colônia por ferrovias, onde o preço dos imóveis é muito mais acessível.

O metro quadrado em Hong Kong é um dos mais caros do mundo, e muitos moradores vivem em espaços minúsculos. O custo de vida é muito elevado, e as pequenas empresas mal conseguem sobreviver devido aos aluguéis exorbitantes.

A MTR construiria casas “com um ambiente honconguês”, explicou o “Post”, onde poderiam morar jovens e aposentados, que contariam com serviços de saúde e de comércio e estariam perto das estações de trem de alta velocidade.

“É uma nova tentativa de ‘integrar e continentalizar’ Hong Kong”, declarou Claudia Mo, deputada democrata.

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